No ‘ano do laicato’, o rosto leigo de Deus
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6736.2018.1.31015Palavras-chave:
Eclesiologia, Laicato, Clericalismo, Libertação, Justiça,Resumo
Tendo em vista o Ano do Laicato, celebrado neste ano no Brasil, pretende-se oferecer algumas pistas de reflexão no sentido de superar tanto o clericalismo como a divisão assimétrica radical entre leigos e clérigos, existentes na Igreja. O ponto de partida é a evangelicidade da laicidade, que encontra a sua autoridade máxima na pessoa do próprio Verbo encarnado, Jesus de Nazaré. Propõe-se uma espiritualidade leiga-libertadora, vivida e praticada numa Igreja essencialmente
laical. Ao demonstrar que tanto o clericalismo como a dicotomia leigos-clérigos, mais do que estarem radicados no Evangelho, são frutos de desenvolvimentos históricos, pretende-se evidenciar a necessidade de um retorno (conversão) mais radical ao ‘espírito do Evangelho’, que consiste na prática da justiça. Conclui-se afirmando que, quanto mais a Igreja colocar, de forma unânime (leigos e clérigos), o foco de sua missão na promoção da justiça e da paz, tanto mais próxima estará do Espírito de Jesus e mais profético-libertador será o seu testemunho.
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