Eficácia da simulação na autoconfiança de estudantes de enfermagem para ressuscitação cardiopulmonar extra-hospitalar: um estudo quase experimental
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2019.1.32694Palavras-chave:
Enfermagem, Emergências, Simulação, Educação em Enfermagem, Ressuscitação Cardiopulmonar.Resumo
OBJETIVOS: Verificar a eficácia da simulação na autoconfiança de estudantes de enfermagem para ressuscitação cardiopulmonar extrahospitalar.
MÉTODOS: Estudo quase experimental, de grupo único, tipo antes e depois, realizado com estudantes de graduação em enfermagem. A amostra foi recrutada entre estudantes universitários que cursavam o segundo ou terceiro anos de graduação, e aceitaram participar da pesquisa. O protocolo de intervenção consistiu na participação individual em cenário clínico simulado de emergência. O cenário adotado consistiu numa ressuscitação cardiopulmonar em parada cardiorrespiratória extra-hospitalar, utilizando o manequim de baixa fidelidade Mini Anne Plus®. Além das variáveis sociodemográficas, a autoconfiança dos estudantes para atuação em parada cardiorrespiratória foi avaliada pela Escala de Autoconfiança, antes e após a simulação. Foram aplicados os testes de homogeneidade marginal e de postos sinalizados de Wilcoxon e o nível de significância aceito foi de 5%.
RESULTADOS: Trinta e dois estudantes de graduação em enfermagem na faixa etária entre 18 e 38 anos, participaram do estudo. Diferenças estatisticamente significantes (p < 0,001) foram observadas nas respostas de todas as questões da Escala de Autoconfiança, quando comparadas antes e depois da simulação. Houve também aumento estatisticamente significativo (p < 0,001) da pontuação nos domínios cardiológico, respiratório e neurológico após simulação.
CONCLUSÕES: A simulação se mostrou uma estratégia educativa eficaz no aumento da autoconfiança de estudantes de enfermagem para atuação em ressuscitação cardiopulmonar extra-hospitalar.
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