O desempenho da escala de Oxford e do biofeedback manométrico perineal na avaliação da incontinência urinária de esforço em mulheres no período do climatério
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2016.1.22969Palavras-chave:
mulheres, climatério, menopausa, incontinência urinária, assoalho pélvico.Resumo
Objetivos: Avaliar o desempenho de dois métodos de aferição da força muscular perineal: palpação vaginal utilizando a escala de Oxford modificada e biofeedback manométrico perineal, no diagnóstico da incontinência urinária de esforço em mulheres no período do climatério.
Métodos: A população do estudo foram mulheres na faixa etária de 35 a 65 anos (período do climatério), cadastradas em unidades de Estratégia de Saúde da Família dos municípios de Ijuí/RS e Catuípe/RS. Para a seleção da amostra consideraram-se os seguintes critérios de inclusão: ter realizado a avaliação urofuncional por anamnese e exame físico; mulheres continentes ou com incontinência urinária de esforço. A avaliação da funcionalidade do assoalho pélvico foi realizada através da palpação digital vaginal da musculatura perineal e da mensuração da pressão perineal por biofeedback manométrico perineal. A análise dos dados foi realizada através do programa IBM SPSS versão 18.0. A associação entre o grau de força muscular e a condição de continência urinária foi avaliada pelo teste do qui-quadrado. Para comparar as médias dos valores de pressão perineal segundo o grau de força muscular categorizado foi utilizado o teste de Mann-Whitney para amostras independentes. Um valor de p≤0,05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados: Participaram do estudo 50 mulheres, sendo que 28 (56%) apresentavam continência urinária, enquanto que 22 (44%) apresentavam incontinência de esforço. Não houve associação estatisticamente significativa entre o grau de força muscular e a condição de continência urinária (p=0,96). Ao comparar as médias dos valores da pressão perineal das mulheres continentes e das incontinentes não foi observada diferença significativa. Foi obtido um valor preditivo positivo de 93% do biofeedback manométrico perineal, mas a acurácia do mesmo foi de 46% e a da escala de Oxford modificada foi de 54%.
Conclusões: Quando usados isoladamente, os dois métodos de avaliação da funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico – escala de Oxford e biofeedback manométrico perineal – não foram conclusivos para o diagnóstico da incontinência urinária de esforço em mulheres no período do climatério.Downloads
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