Grupos de doenças em trabalhadores do gênero masculino de uma universidade pública
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.1.19892Palavras-chave:
Saúde do trabalhador, Saúde do homem, Assistência ambulatorial.Resumo
Objetivos: Descrever os principais grupos de doenças em trabalhadores do gênero masculino atendidos na divisão ambulatorial de uma universidade pública.
Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo com dados coletados de prontuários de consultas médicas realizadas no ano de 2009, no ambulatório da Divisão de Assistência à Comunidade da Universidade Estadual de Londrina, em Londrina, estado do Paraná. Os diagnósticos médicos foram agrupados e categorizados conforme a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). A amostragem foi probabilística sistematizada, mantendo índice de confiabilidade de 95% e margem de erro de 5%. Os resultados foram apresentados em números absolutos e frequências.
Resultados: Entre os 367 homens atendidos no período cujos prontuários foram selecionados para estudo, a faixa etária mais frequente foi acima dos 50 anos, havendo predomínio de auxiliares operacionais (67%). O tempo de atuação na instituição superior a 11 anos foi o mais encontrado na amostra estudada. As doenças mais frequentemente descritas foram as do aparelho respiratório, com 66 casos (17,98%), seguidas por doenças do aparelho circulatório com 58 casos (15,80%), sistema osteomuscular e tecido conjuntivo com 51 casos (13,90%), aparelho geniturinário com 45 casos (12,26%) e transtornos mentais e comportamentais com 40 casos (10,90%).
Conclusões: Constatou-se que muitas das doenças que acometeram os homens que trabalhavam na Universidade Estadual de Londrina são passíveis de prevenção. Os resultados deste estudo podem contribuir para o planejamento de ações que visem à promoção da saúde e à prevenção de agravos, especificamente voltadas para a população de trabalhadores do gênero masculino.Downloads
Referências
Gomes R, Moreira MCN, Nascimento EF, Sousa Rebello LEFS, Couto MT, Schraiber LB. Os homens não vêm! Ausência e/ou invisibilidade masculina na atenção primária. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(suppl.1):983-92. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000700030
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde do homem: princípios e diretrizes. Brasília, DF: OPAS; 2009. [Cited 2015 Jan] Available from: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-PNAISH---Principios-e-Diretrizes.pdf
Carrara S, Russo JA, Faro L. A política de atenção à saúde do homem no Brasil: os paradoxos da medicalização do corpo masculino. Physis. 2009;19(3):659-78. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312009000300006
Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad Saúde Pública. 2007;23(3):565-74. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007000300015
Gomes R, Schraiber LB, Couto MT. Homens e saúde na pauta da Saúde Coletiva. Ciênc Saúde Coletiva. 2005;10(1):7-17. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000100002
Courtenay WH. Constructions of masculinity and their influence on men's well-being: a theory of gender and health. Soc Sci Med. 2000; 50 (10):1385-401. http://dx.doi.org/10.1016/S0277-9536(99)00390-1
Organização Mundial da Saúde. Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde - CID-10. 8ª ed. São Paulo, SP: EDUSP; 2000.
Cunha JB, Blank VLG, Boing AF. Tendência temporal de afastamento do trabalho em servidores públicos (1995-2005). Rev Bras Epidemiol. 2009;12(2):226-36. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2009000200012
Silveira SG, Grisotti M. Trabalho e saúde: um estudo sobre o processo saúde–doença dos servidores de um hospital universitário. Sau & Transf Soc. 2011;2(1):18-27.
Nascimento LC, Mendes IJM. Perfil de saúde dos trabalhadores de um Centro de Saúde-Escola. Rev Latinoam Enferm. 2002;10 (4):502-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692002000400006
Conceição TV, Gomes FA, Tauil PL, Rosa TT. Valores de pressão arterial e suas associações com fatores de risco cardiovasculares em servidores da Universidade de Brasília. Arq Bras Cardiol. 2006;86(1):26-31. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2006000100005
Ribeiro AG, Cotta RM, Ribeiro SMR. A Promoção da saúde e a prevenção integrada dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Ciênc Saúde Coletiva. 2012;17(1):7-17. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000100002
Andrade TB, Souza MGC, Simões MPC, Andrade FB. Prevalência de absenteísmo entre trabalhadores do serviço público. Sci Med. 2008;18(4):166-71.
Greenberg SB. Respiratory viral infections in adults. Curr Opin Pulm Med. 2002;8(3):201-8. http://dx.doi.org/10.1097/00063198-200205000-00009
Duarte PAD, Venazzi A, Youssef NCM, Oliveira MC, Tannous LA, Duarte CB, Grion CMC, Germano A, Schiavetto PM, Lins ALGP, Campos MMF, Miúra CK, Bredt CSO, Toso LC, Réa-Neto A. Outcome of influenza A (H1N1) patients admitted to intensive care units in the Paraná state, Brazil. Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(3):231-6. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-507X2009000300001
Trelha CS, Cunha, ACV, Silva DW, Lopes AR, Parra KC, Citadini JM, Gallo DLL, Nakano MM, Castro RFD, Carregaro RL. LER/DORT em operadores de checkout: um estudo de prevalência. Salusvita. 2002; 21(3):87-95.
Picoloto D; Silveira E. Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas, RS. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(2):507-16. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000200026
Gasparini SM, Barreto MS, Assunção AA. O professor, as condições de trabalho e os efeitos sobre sua saúde. Educação e Pesquisa. 2005;31(2):189-99. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022005000200003
Lima MFEM, Lima-Filho DO. Condições de trabalho e saúde do/a professor/a universitário/a. Cien Cogn. 2009;14(3):62-82.
Rodrigues BC, Moreira CCC, Triana TA, Rabelo JF, Higarashi IH. Limitações e consequências na vida do trabalhador ocasionadas por doenças relacionadas ao trabalho. Rev Rene. 2013;14(2):448-57.
Souza AR, Freitas APC, Rovere GP, Moura ADA, Feitoza AR. Perfil de usuários masculinos atendidos em um serviço de referência para doenças sexualmente transmissíveis. Rev Rene. 2012;13(4):734-43.
Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA). Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / RIPSA. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. [Cited 2015 Feb] Available from: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/livroidb/2ed/indicadores.pdf
Robazzi MLCC, Mauro MYC, Dalri RCMB, Silva LA, Secco IAO, Pedrão LJ. Exceso de trabajo y agravios mentales a los trabajadores de la salud. Rev Cuba Enferm. 2010;26(1):52-64.
Martins JT, Robazzi MLCC, Bobroff MCC. Prazer e sofrimento no trabalho da equipe de enfermagem: reflexão à luz da psicodinâmica Dejouriana. Rev Esc Enferm USP. 2010;44(4):1107-11. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342010000400036
Lima e Costa MFF, Guerra HL, Barreto SM, Guimarães RM. Diagnóstico da situação da população idosa brasileira: um estudo da mortalidade e das internações hospitalares públicas. Inf Epidemiol SUS. 2000; 9(1):43-50. http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732000000100003
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Scientia Medica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Scientia Medica como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.