Alergia ao glúten: série de nove casos
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.3.16293Palavras-chave:
ALERGIA A GLUTEN, ALERGIA ALIMENTAR, ANAFILAXIA, DERMATITE ATÓPICA.Resumo
OBJETIVOS: Havendo poucos casos descritos de alergia ao glúten mediada por IgE, divulgamos uma série de nove casos, com especial relevo sobre o diagnóstico, vias de sensibilização, manifestações clínicas e factores preditivos de prognóstico. MÉTODOS: Nesta série foram incluídos todos os casos de alergia ao glúten mediada por IgE, seguidos nos últimos 15 anos no ambulatório de Alergologia Pediátrica de um hospital terciário. Foram analisadas idade de início, manifestações iniciais, vias de sensibilização, comorbidades e aquisição de tolerância. RESULTADOS: Foram incluídas nove crianças com alergia ao glúten, com idades entre 1 e 14 anos, sendo oito meninos. A primeira manifestação ocorreu entre os 5 e 9 meses. Em seis pacientes as primeiras manifestações foram cutâneas, dois apresentaram distúrbios gastrointestinais e uma menina apresentou anafilaxia como manifestação inicial. A via de sensibilização foi cutânea ou por ingestão. O valor de IgE específica para o glúten variou entre 0,73-100 KUA/l. Todas as crianças tinham outra doença atópica. Oito apresentavam alergia alimentar múltipla. Quatro desenvolveram alergia respiratória. Em dois casos ocorreu anafilaxia após o diagnóstico. Três resolveram a alergia ao glúten até os seis anos. CONCLUSÕES: A alergia ao glúten é rara, explicando o pequeno número diagnosticado em 15 anos, em um hospital central de referência. Os nove casos tiveram início no primeiro ano de vida, sendo as manifestações cutâneas as mais frequentes. O eczema foi uma apresentação frequente e a sensibilização foi por via cutânea em alguns casos. A alergia alimentar múltipla também foi frequente nos casos descritos. Três das nove crianças resolveram a alergia até os seis anos, tendo em comum uma manifestação inicial cutânea. Nestes nove casos, o valor de IgE específica não foi preditivo da evolução clínica.Downloads
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