Inquérito soroepidemiológico para toxoplasmose e avaliação dos condicionantes para sua transmissão em universitários de Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Autores

  • Helen Rezende de Figueiredo Universidade Católica Dom Bosco
  • Silvio Favero Universidade Anhanguera -Uniderp.
  • Maria Regina Reis Amendoeira Instituto Oswaldo Cruz-FIOCRUZ
  • Carla Cardozo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Palavras-chave:

TOXOPLASMOSE / epidemiologia, TOXOPLASMOSIS / epidemiology, FATORES DE RISCO, ESTUDANTES, GATOS, RISK FACTORS, STUDENTS, CATS

Resumo

OBJETIVOS: avaliar, por meio de inquérito soroepidemiológico, a ocorrência da infecção pelo Toxoplasma gondii em universitários dos cursos de Enfermagem e Ciências Biológicas da Universidade Anhanguera – UNIDERP, Campo Grande, Mato Grosso do Sul. MÉTODOS: as amostras de soro foram submetidas ao teste de ELISA de fase sólida para determinação dos anticorpos específicos IgM e IgG contra Toxoplasma gondii. Os dados foram correlacionados a fatores sociodemográficos e hábitos que poderiam ter influenciado na transmissão da infecção. RESULTADOS: entre os 100 universitários estudados, 39% (39/100) apresentaram-se IgG reagentes para toxoplasmose (intervalo de confiança [IC] 95%: 29,4%-48,6%) e nenhum IgM reagente. Observou-se associação estatisticamente significativa entre a presença de gatos em domicílio e a positividade para toxoplasmose. Entre os acadêmicos soro reagentes, 72,97% (IC 95%: 58,7%-87,3%) declararam possuir ou ter possuído gatos em domicílio, enquanto que entre os soronegativos para toxoplasmose, 50% (IC 95%: 36,9%-63,1%) relatavam possuir ou ter possuído gatos. Com relação aos fatores de risco alimentares (ingestão de carne crua/mal cozida, legumes crus, leite cru e ovo cru), não foi detectada associação com a infecção por Toxoplasma gondii. A frequência de indivíduos soro reagentes foi significativamente maior na faixa etária acima dos 25 anos (p=0,01). CONCLUSÕES: a ocorrência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii foi relativamente baixa em relação à prevalência média encontrada em diferentes amostras populacionais do Brasil. O fator de risco identificado como provável responsável pela infecção foi a presença de gatos no domicílio. A prevalência de soropositividade para toxoplasmose foi maior na faixa etária acima dos 25 anos.

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Biografia do Autor

Helen Rezende de Figueiredo, Universidade Católica Dom Bosco

Aluna do Programa de Mestrado em Biotecnologia

Silvio Favero, Universidade Anhanguera -Uniderp.

Professor Doutor Coordenador do Curso de Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Campus das Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde

Maria Regina Reis Amendoeira, Instituto Oswaldo Cruz-FIOCRUZ

Laboratório de Toxoplasmose- IOC-FIOCRUZ. Área Protozoologia de Parasitos

Carla Cardozo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Professora Doutora Adjunta de Parasitologia, Departamento de Patologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.

Publicado

2010-04-26

Como Citar

Figueiredo, H. R. de, Favero, S., Amendoeira, M. R. R., & Cardozo, C. (2010). Inquérito soroepidemiológico para toxoplasmose e avaliação dos condicionantes para sua transmissão em universitários de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Scientia Medica, 20(1), 71–75. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/scientiamedica/article/view/5924

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