Níveis séricos da proteína oligomérica da matriz cartilaginosa/trombospondina 5 (COMP/TSP-5) em pacientes com artrite reumatóide estratificados para classe funcional.
Palavras-chave:
ARTRITE REUMATÓIDE, GRAU FUNCIONAL, PROTEÍNA OLIGOMÉRICA DA MATRIZ CARTILAGINOSA (COMP/TSP-5)Resumo
Objetivos: avaliar os níveis séricos da proteína oligomérica da matriz cartilaginosa/trombospondina 5 (COMP/TSP-5), potencial marcador de dano articular, em pacientes com artrite reumatóide em diferentes graus funcionais e controles sadios. Pacientes e métodos: o estudo foi transversal controlado. Cinqüenta e oito pacientes com artrite reumatóide em acompanhamento no Ambulatório de Reumatologia do Hospital São Lucas da PUCRS compuseram a população-alvo. A classificação de Hochberg foi utilizada para estimar o grau funcional dos pacientes. O grupo controle consistiu de 100 doadores de sangue consecutivamente selecionados. Os níveis de COMP/TSP-5 foram avaliados através imunoensaio enzimático (AnaMar Medical TM, Lund, Suécia). Níveis acima de 12 U/I foram considerados positivos. A comparação entre os grupos foi obtida por análise de variância e o nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: a média de idade foi de 48±6 anos para o grupo controle e de 54±14 anos para pacientes com artrite reumatóide (P>0,05). O sexo feminino predominou no grupo de pacientes com artrite reumatóide (P<0,05). Após ajuste para sexo e idade, os níveis médios de COMP/TSP-5 foram de 7,0 U/L (IC95% 6,1-7,9) para o grupo controle e de 12,6 U/L (IC95% 11,1-14,1) para o grupo de artrite reumatóide (P<0,01). Entre os pacientes com artrite reumatóide, 25 apresentaram grau funcional I (43,1%), 14 grau funcional II (24,13%), 10 grau funcional III (17,2%) e 9 grau funcional IV (15,5%). Com exceção de indivíduos de classe funcional III, pacientes de outras classes funcionais tiveram maior freqüência de teste positivo para COMP/TSP-5 do que controles (P<0,001). Em cada uma das classes funcionais, os níveis médios de COMP/TSP-5 foram significantemente maiores do que os do grupo controle (P<0,05). Os 28 pacientes reumatóides com COMP/TSP-5 elevada se distribuíram uniformemente entre as 4 classes funcionais (P=0,65). Conclusões: os níveis de COMP/TSP-5 foram significativamente maiores em pacientes com artrite reumatóide do que em controles. Os níveis médios da proteína se mantiveram acima dos controles em todas as classes funcionais da doença. Grau funcional não parece servir como parâmetro discriminativo em pacientes reumatóides com COMP/TSP-5 elevada. DESCRITORES: ARTRITE REUMATÓIDE; MARCADORES BIOLÓGICOS; PROTEÍNAS DA MATRIZ EXTRACELULAR; CARTILAGEM; CRIANÇA; ADOLESCENTE; ADULTO.Downloads
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