Análise do período intra e pós-operatório, complicações e mortalidade nas cirurgias de revascularização do miocárdio e de troca valvar

Autores

  • Leila Gisleide Sehn Heck Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI e Hospital de Caridade de Ijuí – HCI.
  • Fernanda Dallazen Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e Hospital de Caridade de Ijuí – HCI
  • Dante Thomé da Cruz Instituto do Coração do Hospital de Caridade de Ijuí – HCI
  • Silvana Agnolleto Berwanger Instituto do Coração do Hospital de Caridade de Ijuí – HCI
  • Eliane Roseli Winkelmann UNIJUÍ

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2017.4.28041

Palavras-chave:

cirurgia cardíaca, período intraoperatório, período pós-operatório, complicações, mortalidade.

Resumo

OBJETIVOS: Analisar fatores de risco, comorbidades, período intra e pós-operatório, complicações e mortalidade nas cirurgias de revascularização do miocárdio (CRM) e de troca valvar (TV).

MÉTODOS: Um estudo transversal retrospectivo, realizado em um hospital geral, incluiu pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, submetidos à CRM ou TV. Os dados foram coletados dos prontuários dos pacientes. Foram levantados fatores de risco, comorbidades, variáveis intra e pós-operatórias, complicações e mortalidade. Para análise estatística foram aplicados os testes T de Student e Qui-quadrado de Pearson para comparar as variáveis de interesse entre os grupos CRM e TV, considerando como significativo p≤0,05.

RESULTADOS: De 210 prontuários analisados, 129 (61,4%) pacientes haviam sido submetidos à CRM e 81 (38,5%) à TV. Nas variáveis intraoperatórias, observaram-se na CRM e na TV, respectivamente (em minutos): fração de ejeção 60,2±11,9 vs. 66,2±11,2 (p=0,001); tempo de circulação extracorpórea 75,4±25,1 vs. 105,4±121,5 (p<0,001); tempo de clampeamento de aorta 60,7±39,3 vs. 75,7±26,2 (p=0,003); tempo de cirurgia 200,1±76,3 vs. 198,3±71,5 (p=0,865); tempo de ventilação mecânica 629,1±296,4 vs. 574,4±135,6 (p=0,076). No pós-operatório, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva coronariana foi de 2,5±1,8 dias na CRM e de 2,5±0,8 dias na TV (p=0,779). Noventa e seis (75%) pacientes submetidos à CRM e 46 (59%) pacientes submetidos à TV tiveram recuperação espontânea dos batimentos cardíacos (p=0,020). A maioria dos pacientes não apresentou complicações, tanto na CRM (n=105; 81,4%) quanto na TV (n=59; 72,8%) (p=0.561). A mortalidade foi de 2 (1,6%) na CRM e de 4 (4,9%) na TV (p=0,274). A taxa de óbito total durante o período de internação hospitalar foi de 2,9%.  

CONCLUSÕES: Na análise das cirurgias CRM e TV houve diferenças durante o momento intraoperatório, porém não se identificaram diferenças significativas nas complicações pós-operatórias e na mortalidade hospitalar. A análise descritiva e comparativa dessas duas técnicas cirúrgicas distintas, envolvendo pacientes com diferenças em suas características clínicas, permitiu o conhecimento das suas peculiaridades, podendo contribuir para o planejamento da assistência e da reabilitação cardíaca do paciente.

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Biografia do Autor

Leila Gisleide Sehn Heck, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI e Hospital de Caridade de Ijuí – HCI.

Enfermeira; Mestranda em Atenção Integral à Saúde pela UNIJUI/UNICRUZ. 

Fernanda Dallazen, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e Hospital de Caridade de Ijuí – HCI

Fisioterapeuta, Doutoranda em Medicina e Ciências da Saúde pela PUCRS; Mestre em Gerontologia pela UFSM.

Dante Thomé da Cruz, Instituto do Coração do Hospital de Caridade de Ijuí – HCI

Médico, especialista em Cirurgia Geral  pelo Hospital Ipiranga/SP e especialista em Cirurgia Cardiovascular pelo INCOR/HC–FMUSP. 

Silvana Agnolleto Berwanger, Instituto do Coração do Hospital de Caridade de Ijuí – HCI

Médica, especialista em Cirurgia Geral pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e especialista em Cirurgia Cardiovascular pela IC-FUC-RS.

Eliane Roseli Winkelmann, UNIJUÍ

Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde: Ciências cardiovasculares pela UFRGS; Mestre de Ciências Biológicas: Fisiologia pela UFRGS; Docente da UNIJUÍ.

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Publicado

2017-12-18

Como Citar

Heck, L. G. S., Dallazen, F., da Cruz, D. T., Berwanger, S. A., & Winkelmann, E. R. (2017). Análise do período intra e pós-operatório, complicações e mortalidade nas cirurgias de revascularização do miocárdio e de troca valvar. Scientia Medica, 27(4), ID28041. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2017.4.28041

Edição

Seção

Artigos Originais