Efeito Werther versus Efeito Papageno
uma análise de reportagens sobre suicídio veiculadas no Twitter
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2025.1.47438Palavras-chave:
suicídio, mídia, Efeito Werther, Efeito Papageno, redes sociaisResumo
Esta pesquisa investigou a padronização de 103 reportagens sobre suicídio veiculadas no Twitter (recentemente renomeado como X) pelo jornal Folha de S.Paulo, seguindo critérios de manuais de prevenção do suicídio na mídia. Foi construído um instrumento de verificação para a análise das reportagens, contendo 17 itens que contemplam componentes estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o Efeito Werther (contágio) e promover o Efeito Papageno (prevenção). Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temático-categorial e às análises estatísticas, indicando prevalência, associação e significância dos itens dos efeitos de contágio e de prevenção, bem como das categorias temáticas segundo a análise do título/subtítulo das reportagens. Os resultados demonstraram que 39,81% das reportagens podem contribuir para o Efeito Werther, 23,30% para o Efeito Papageno e 31,07% para ambos. Discute-se o papel da mídia brasileira na construção de narrativas sobre suicídio que parecem atender aos interesses midiáticos de repercussão de notícias em detrimento de uma cobertura responsável sobre o tema.
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