O incômodo da música ambiente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.44189

Palavras-chave:

música ambiente, incômodos musicais, conflitos, espaço público

Resumo

A grande presença de música em ambientes públicos fechados é uma marca de nossa sociedade contemporânea. Usualmente a sonorização de espaços com música é pensada como forma de alterar o clima geral do ambiente positivamente, conferindo ao local um perfil simbólico e emocional desejado. No entanto, muitas vezes os indivíduos que frequentam tais espaços são mobilizados negativamente com a música ambiente, deflagrando insatisfações e incômodos. A partir de dezenas de entrevistas realizadas sobre incômodos musicais, o artigo discute as dimensões afetivas e os efeitos da música ambiente em variados espaços sociais, destacando que a música ambiente muitas vezes produz sensações desagradáveis e até mesmo afugenta determinadas pessoas de tais locais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Trotta, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

Professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da UFF e coordenador do Programa de Pós- -Graduação em Comunicação. Pesquisador da FAPERJ e do CNPq, é Doutor em Comunicação e Mestre em Musicologia. Foi presidente da IASPM-AL (2020-2022) e é autor de diversos artigos sobre música e sociedade. Seu mais recente livro intitula-se Annoying Music in Everyday Life (Bloomsbury, 2020).

Referências

ARENI, Charles; KIM, David. Influence of Background Music on Shopping Behaviour. Advances in Consumer Research, [s.l.], v. 20, 336-340, 1993.

BECKER, Judith. Deep listeners: music, emotion and trancing. Bloomington: Indiana University Press, 2004.

BLACKING, John. Music, culture and experience. Chicago; London: Chicago University Press, 1995.

CRUICKSHANKS, Karen et al. Prevalence of hearing loss in older adults in Beaver Dam, Wisconsin. American Journal of Epidemiology, [s.l.], v. 148, n. 9, 879-886, 1998. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordjournals.aje.a009713

DENORA, Tia. Music in everyday life. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511489433

FRITH, Simon. Why Does Music Make People So Cross? Nordic Journal of Music Therapy, [s.l.], v. 13, n. 1, 64-69, 2004. DOI: https://doi.org/10.1080/08098130409478098

FRITH, Simon. Music and everyday life. In: CLAYTON, Martin; HERBERT, Trevor; MIDDLETON, Richard (ed.). Cultural study of music. New York; London: Routledge, 2003. p. 92-101.

KASSABIAN, Anahid. Ubiquitous listening. Berkley; Los Angeles; London: University of California Press, 2013. DOI: https://doi.org/10.1525/california/9780520275157.001.0001

LABELLE, Brandon. Acoustic Territories. New York; London: The Continuum International Publishing Group, 2010.

LANZA, Joseph. Elevator music. London: Quartet Books, 2004. DOI: https://doi.org/10.3998/mpub.8718

NORTH, Adrian; HARGREAVES, David; KRAUSE, Amanda. Music and consumer behavior. In: HALLAM, Susan; CROSS, Ian; THAUT, Michael (ed.). Oxford Handbook of Music Psychology. Oxford: Oxford University Press, 2016. p. 789-802.

TROTTA, Felipe. Annoying music in everyday life. New York; London: Bloomsbury, 2020. DOI: https://doi.org/10.5040/9781501360664

TURINO, Thomas. Music as social life: the politics of participation. Chicago; London: The University of Chicago Press, 2008.

Downloads

Publicado

2024-02-08

Como Citar

Trotta, F. (2024). O incômodo da música ambiente. Revista FAMECOS, 31(1), e44189. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.44189