Música popular e música pop como paradigmas semióticos de diferenças e imprevisibilidade
e a cultura midiática digital
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2024.1.44050Palavras-chave:
linguagem musical, cultura digital, cartografia, diferenças, música popResumo
As dinâmicas da cultura possibilitam a identificação de processos comunicacionais que tendem à diversidade, às semioses e aos encontros dialógicos. A música pop e a música popular são exemplos dessa processualidade. Pela Semiótica da Cultura de Iuri Lotman, o presente trabalho busca compreender como as linguagens da música pop e da música popular atualizam a cultura midiática e a sua memória, enquanto elementos diferenciais. Em outra etapa, o olhar empírico sobre os artistas BCUC, BaianaSystem e Tom Zé e os movimentos tropicalismo e manguebeat estabelece diálogo com as teorias da diferença na elaboração de uma cartografia. Ao final, o percurso teórico e conceitual construído visa oferecer um método para compreender as diferenciações na cultura midiática contemporânea.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. A comunidade que vem. Autêntica: Belo Horizonte, 2017.
ANDRADE, Oswald. Do pau-brasil à antropofagia e às utopias. Rio de Janeiro: Civilização brasileira 1970.
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na idade média e no renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec; Brasília: UnB, 1987.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 261-306.
BAKHTIN, Mikhail. Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
BARROS, Laura Pozzana; KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgína; ESCÓSSIA, Liliana (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 52-75.
CARVALHO, Nilton. Faria. Escuta musical: um experimento de diferenças e territórios existenciais – hibridismo e Sul Global na música pop. 2021. 248 f. Tese (Doutorado em Comunicação Social) –Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2021.
CARVALHO, Nilton Faria; CONTER, Marcelo Bergamin. Timbre como diferenciação para além do gênero musical: materialidades e semioses nas obras de Rakta e KOKOKO!. Revista Eco-Pós, [s. l.], v. 23, n. 1, p. 166-190, 2020. DOI: https://doi.org/10.29146/eco-pos.v23i1.27430
CASSIN, Barbara. Translation as Paradigm for Human Sciences. Journal of Speculative Philosophy, [s. l.], v. 30, n. 3, p. 242-266, 2016. DOI: https://doi.org/10.5325/jspecphil.30.3.0242
DE MARCHI, Leonardo. A angústia do formato: uma história dos formatos fonográficos. E-Compós, Rio de Janeiro, n. 2, p. 1-19, abr. 2005. DOI: https://doi.org/10.30962/ec.v2i0.29
DELEUZE, Gilles.; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia 1. São Paulo: Editora 34, 2014.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2000. v. 1.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2. São Paulo: Editora 34, 1995. v. 2.
DELEUZE, Gilles. Cinema 2 – a imagem tempo. São Paulo: Editora 34, 2018.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Paz e terra: São Paulo, 2018b.
DELEUZE, Gilles. Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. São Paulo: Editora 34, 2001.
ECO, Umberto. Em busca da língua perfeita na cultura europeia. São Paulo: Editora Unesp, 2008.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
GUATTARI, Felix. Ritornelos e afetos existenciais. GIS - Gesto, Imagem e Som, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 383-397, out. 2019. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2019.162385
HARTLEY, John; IBRUS, Indrek; OJAMAA, Maarja. Digital Semiosphere. Culture, media and science for the Anthropocene. London (UK): Bloomsbury, 2021. DOI: https://doi.org/10.5040/9781501369209
KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. São Paulo: Perspectiva, 2012.
LAPOUJADE, David. Deleuze, os movimentos aberrantes. São Paulo: N-1 Edições, 2015.
LOTMAN, Iuri. La semiosfera I. Semiótica da cultura y del texto. Madri: Ediciones Frónesis Cátedra Universitat de Valencia, 1996.
LOTMAN, Iuri. La semiosfera II. Semiótica de la cultura, del texto, de la conducta y del espacio. Madrid: Ediciones Cátedra, 1998.
LOTMAN, Iuri. No limiar do imprevisível. In: VÓLKOVA AMÉRICO, Ekaterina. Alguns aspectos da semiótica da cultura de Iúri Lótman. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Literatura e Cultura Russa, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. p. 153-165.
MACHADO, Irene. Ciência da história segundo a metalinguagem crítica de Ju. Lotman. In: MACHADO, Irene (org.). Caderno de resumos: semiótica da imprevisibilidade. São Paulo: ECA-USP, 2022. p. 116-122. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2022.202514
O SOM do vinil – Panis et Circencis. [Locução de]: Charles Gavin, nov. 2020. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5mA71hOibXEIHskaLZXG3X. Acesso em: 10 out. 2023.
O SOM do vinil – Estudando o Samba. [Locução de]: Charles Gavin, maio 2020. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/show/5gof9ryXmcPKnxCZmykGGn. Acesso em: 10 out. 2023.
ROSÁRIO, Nísia Martins. Cartografia na comunicação: questões de método e desafios metodológicos. In: MOURA, Cláudia Peixoto; LOPES, Maria Immacolata Vassallo (org.). Pesquisa em comunicação: metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016. p. 175-194.
SANTAELLA, Lúcia. A grande aceleração & o campo comunicacional. Intexto, [s. l.], n. 34, p. 46-59, set./dez., 2015. DOI: https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.46-59
SOARES, Thiago. Modos de experienciar música pop em Cuba. Recife: UFPE, 2021.
VARGAS, Herom. As inovações de Tom Zé na linguagem da canção popular dos anos 1970. Revista Galáxia, [s. l.], n. 24, p. 279-291, dez. 2012.
ZERO QUATRO, Fred. Manifesto do Mangue – Caranguejos com Cérebro. In: Entre Editora. [S. l.], abr. 2013. Disponível em: https://medium.com/entreeditora/caranguejos-com-c%C3%A9rebro-primeiro-manifesto-manguebeat-1992-cd1ef292e73f. Acesso em: 19 fev. 2024
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.