Guimarães Rosa é uma pérola perfeita: carta ao doutor Dominique Fernandez

Autores

  • Ana Luiza Coiro Moraes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2001.15.3121

Palavras-chave:

Narrativa, Literatura, Comunicação,

Resumo

Relato de viagem, o livro O ouro dos Trópicos: Passeios pelo Portugal e o Brasil Barroco, de Dominique Fernandez, aventura-se também pelas searas da crítica literária. Embora considere Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, a obra máxima da literatura brasileira, Fernandez lamenta e tenta interpretar o que chama de “desfecho artificial” do romancista brasileiro, que revela Diadorim como mulher, descaracterizando, assim, o cunho homossexual da paixão de Riobaldo. Este ensaio, cuja introdução toma a forma de uma carta ao autor francês, aposta na idéia de que a trajetória de Riobaldo não se funda em certezas. Para além das ilações cartesianas, de fato, o Brasil é barroco e a narrativa de Guimarães Rosa é uma pérola perfeita.

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Biografia do Autor

Ana Luiza Coiro Moraes, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestranda em Comunicação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

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Publicado

2008-04-10

Como Citar

Coiro Moraes, A. L. (2008). Guimarães Rosa é uma pérola perfeita: carta ao doutor Dominique Fernandez. Revista FAMECOS, 8(15), 63–73. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2001.15.3121

Edição

Seção

Imaginário