Estéticas bastardas de subjetividades celebrizadas: sensualização, deboche e resistências no pop-funk de Lia Clark
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2019.1.30349Palavras-chave:
Cultura pop. Resistência. Lia Clark.Resumo
problematizamos neste artigo características da performance midiática da cantora drag Lia Clark, com o objetivo de pensar formas da resistência no âmbito do entretenimento e da cultura pop. A análise de alguns de seus videoclipes é articulada às chaves conceituais da “subjetividade política encorpada” e da “bastardia”. Entendemos que há uma centralidade do corpo-mídia travestido e ambivalente de Clark na construção de suas estratégias narrativas, que dialogam fortemente com o humor, a sensualização e o deboche. Este corpo narrativo é também porta-voz de enfrentamentos importantes, que incidem diretamente na luta por audiovisibilidade de gays, mulheres e transexuais.Downloads
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