Serene Velocity no panorama da arte minimalista
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.3.30307Palavras-chave:
Cinema experimental, Cinema Estrutural, Arte minimalista, Frank StellaResumo
No presente artigo analisa-se o filme Serene Velocity (1970), de Ernie Gehr, objetivando-se compreender os modos como apropria e reinventa um conjunto de determinados parâmetros das artes plásticas inusuais no cinema, em uma singular aproximação com o modernismo autorreflexivo das artes visuais e o minimalismo. Propomos assim uma análise formal comparativa do filme com obras e conceitos da escultura minimalista e da pintura modernista de Frank Stella. Entre os principais pontos de contato entre essas tendências artísticas contemporâneas e Serene Velocity encontra-se não somente aqueles mais evidentes, como a simplicidade e proeminência das formas, e a busca pela unidade e regularidade espacial, como também o modo de composição não relacional e serial, a construção autorreflexiva e anti ilusionista, e o deslocamento da ênfase nos significados advindos de um espaço psicológico interior para a própria atividade do espectador no desdobramento perceptivo e de sua compreensão dos elementos convencionados.
Downloads
Referências
AUMONT, Jacques. O olho interminável: cinema e pintura. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
BOCHNER, Mel. Arte serial, sistemas, solipsismo. In: FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (orgs.). Escritos de artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p. 169-175.
BRAKHAGE, Stan. Metáforas da visão. In: XAVIER, Ismail (org.), A experiência do cine¬ma. São Paulo: Graal, 2008. p. 341-352.
CARROLL, Nöel. Film in the Age of Postmodernism. Interpreting the Moving Image. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. p. 300-332.
______. Philosophizing Through the Moving Image: The Case of Serene Velocity. Journal of Aesthetics and Art Criticism, v. 1, n. 64, p. 173-85, 2006.
ELDER, R. Bruce. The structural film: ruptures and continuities in avant-garde art. In: HOPKINS, David. (org.) Neo avant-garde. Nova York: Rodopi, 2006. p. 119-142.
FRIED, Michael. Shape as Form: Frank Stella’s Irregular Polygons. Art and Objecthood: Essays and Reviews. Chicago/ Londres: University of Chicago Press, 1998. p. 77-99.
______. Three American Painters: Kenneth Nolland, Jules Olitski, Frank Stella. Art and Objecthood: Essays and Reviews. Chicago/ Londres: University of Chicago Press, 1998. p. 213-265.
GEHR, Ernie. Notas para uma exibição no MoMA (1971). In: DUARTE, Theo; MOURÃO, Patrícia (orgs.), Cinema estrutural. São Paulo: Aroeira, 2015. p. 116-119.
______; MACDONALD, Scott. Ernie Gehr. In: MACDONALD, Scott. A Critical Cinema 5: Interviews with Independent Filmmak¬ers. Berkeley: University of California Press, 2006. p. 358-404.
______; MEKAS, Jonas. Ernie Gehr interviewed by Jonas Mekas, March 24, 1971. Film Culture, n. 53–55, p. 28-30, primavera, 1972.
JUDD, Donald. Questões para Stella e Judd. In: FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (orgs.). Escritos de artistas: anos 60/70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p. 122-138.
KRAUSS, Rosalind. A Voyage on the North Sea: Art in the Age of the Post-Medium Condition. Londres: Thames & Hudson, 2000.
______. Caminhos da escultura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
MACDONALD, Scott. Ernie Gehr: Serene Velocity. Avant-Garde Film: Motion Studies. Cambridge: Cambridge University Press, 1993. p. 37-44.
MORRIS, Robert. Notes on Sculpture. In: BATTCOCK, Gregory (org.) Minimal Art: A Critical Anthology. Nova York: E.P. Dutton, 1968. p. 222-235.
PEREZ, Gilberto. Fantasmas da cidade. In: DUARTE, Theo; MOURÃO, Patrícia (orgs.), Cinema estrutural. São Paulo: Aroeira, 2015. p. 120-133.
SHARITS, Paul. Palavras por página. In: DUARTE, Theo; MOURÃO, Patrícia (orgs.), Cinema estrutural. São Paulo: Aroeira, 2015. p. 156-169.
SITNEY, P. Adams. Ernie Gehr and the Axis of Primary Thought. Eyes Upside Down: Visionary Filmmakers and the Heritage of Emerson. Nova York: Oxford Press, 2008. p. 197-219.
______. O cinema estrutural. In: DUARTE, Theo; MOURÃO, Patrícia (orgs.), Cinema estrutural. São Paulo: Aroeira, 2015. p. 10-38.
WOLLHEIM, Richard. Minimal Art. In: BATTCOCK, Gregory (org.) Minimal Art: A Critical Anthology. Nova York: E. P. Dutton, 1968. p. 387-399.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.