Estudos de gênero na pesquisa em jornalismo no Brasil: uma tênue relação
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2016.2.22464Palavras-chave:
Estudos de gênero, Mulheres, Pesquisa em jornalismoResumo
Este artigo investiga a relação entre os estudos de gênero e a pesquisa em Jornalismo no Brasil. A análise está centrada nos trabalhos apresentados desde o primeiro encontro anual da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), em 2003, até 2014, que foram rastreados pela palavras-chave "gênero". Como método, emprega a análise de conteúdo (Bardin, 2011), sendo que as categorias analisadas foram a) referencial teórico sobre relações de gênero; b) perfil do pesquisador. O corpus consiste em cinco pesquisas identificadas no banco de dados da associação no período de 2010-2014. Notamos, portanto, uma presença emergente de pesquisas que, contudo, até o presente ainda não dialogam com a sólida tradição dos estudos de gênero no país em outras áreas do conhecimento.Downloads
Referências
ABREU, A. A. DE. Elas ocupam as redações. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
ASSIS, C. S. DE; SOARES, R. P. DE A. Mídia, política e gênero: as mulheres políticas no noticiário. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2011, Brasília. Anais... Brasília: SBPJor, 2011. Disponível em: http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/resumod.php?id=1018. Acesso em: 8 jul. 2015.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BIROLI, F. Gênero e política no noticiário das revistas semanais brasileiras: ausências e estereótipos. Cadernos Pagu, n. 34, p. 269–299, 2010.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasi, 2002.
BUITONI, D. H. S. Mulher de papel: a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira. São Paulo: Loyola, 1981.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
HABERMAS, J. Mudanca estrutural da esfera publica: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.
HEILBORN, M. L.; SORJ, B. Estudos de gênero no Brasil. In: MICELI, S. (Ed.). O que ler na Ciência Social Brasileira. São Paulo/Brasília: Sumaré/Anpocs/Capes, 1999.
JORGE, T. DE M. et al. Mulheres no comando de redações: questões sobre a influência das mulheres jornalistas no processo de seleção de notícias. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2014, Brasília. Anais...Brasília: SBPJor, 2014. Disponível em: http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/resumod.php?id=1558 Acesso em: 8 jul. 2015.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
MACHADO, L. Z. Feminismo, academia e interdisciplinaridade. In: COSTA, A. DE O.; BRUSCHINI, M. C. A. (Eds.). . Uma questão de gênero. São Paulo: Rosa dos Tempos/Fundação Carlos Chagas, 1992.
MARTINEZ, M. Mapeamento da influência de Walter Benjamin nas pesquisas da SBPJor (2003-2012). In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2013, Brasília. Anais...Brasília: SBPJor, 2013. Disponível em: http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/resumod.php?id=1699 Acesso em: 8 jul. 2015.
MARTINEZ, M.; PESSONI, A. O uso da análise de conteúdo na Intercom: pesquisas feitas com o método (1996 a 2012). In: JORGE, T. DE M. J. (Org.). Notícia em fragmentos: o desafio de aplicar a análise de conteúdo ao jornalismo digital. Brasília: Insular, 2015, p. 299-319.
MATOS, M. I. S. DE. Da invisibilidade ao gênero: percursos e possibilidades nas Ciências Sociais Contemporâneas. Margem, n. 15, p. 237–252, 2002.
MEAD, M. Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva, 1988.
MELO, J. M. DE. Jornalismo Brasileiro. Porto Alegre: Sulina, 2003.
MELO, J. M. DE; LAURINDO, R.; ASSIS, F. DE. Gêneros jornalísticos: teoria e práxis. Blumenau: Edifurb, 2012.
MESQUITA, J. P. DE; LOPES, P. F. DE C. Mulheres, política e família: a produção de sentidos pelos jornais impressos de Teresina. In; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2013, Brasília. Anais...Brasília: SBPJor, 2013. Disponível em: http://soac.unb.br/index.php/ENPJor/XIENPJOR/paper/view/2505/474 Acesso em: 8 jul. 2015.
MICK, J.; LIMA, S. Perfil do jornalista brasileiro: características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012. Florianópolis: Insular, 2013.
MIGUEL, L. F.; BIROLI, F. Caleidoscópio convexo. 1. ed. São Paulo: Unesp, 2011.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007.
PROVENZANO, B. A. Fórum Feminino Debates: as mulheres no comando de um programa esportivo no rádio. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2010, Brasília. Anais...Brasília: SBPJor, 2010. Disponível em: http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/admjor/arquivos/9encontro/CL_27.pdf Acesso em: 8 jul. 2015.
ROSALDO, M. O uso e o abuso da antropologia: reflexões sobre o feminismo e o entendimento intercultural. Revista Horizontes Antropológicos, v. 1, n. 1, 1995.
RUBIN, G. Thinking sex: notes for a radical theory of the politics of sexuality. In: ABELOVE, H.; BARALE, M.; HALPERIN, D. (Eds.). The Lesbian and Gay Studies Reader. New York: Routledge, 1993.
SAFFIOTI, H. I. B. Pósfácio: conceituando o gênero. In: SAFFIOTI, H.; MUÑOZ-VARGAS, M. (Eds.). Mulher brasileira é assim. Rio de Janeiro/Brasília: Rosa dos Tempos/ NIPAS/UNICEF, 1994.
SCOTT, J. Gênero, uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade, v. 20, n. 2, p. 71–99, 1995.
TABAK, F.; TOSCANO, M. Mulher e política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
VEIGA, M. Gênero: um ingrediente distintivo nas rotinas produtivas do jornalismo. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2011, Brasília. Anais...Brasília: SBPJor, 2011. Disponível em: http://sbpjor.kamotini.kinghost.net/sbpjor/resumod.php?id=1222 Acesso em: 8 jul. 2015.
VEIGA, M. Masculino, o gênero do jornalismo: modos de produção das notícias. Florianópolis: Insular, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.