El valor del “egocard”: afectividad y violencia simbólica en la red Fora do Eixo
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2015.1.19461Palabras clave:
Circuito Fora do Eixo, Violencia simbólica, ImaginarioResumen
La red Fora do Eixo, constituida por colectivos de productores culturales y activistas en el escenario alternativo brasileño, se tornó ampliamente conocida a partir de 2013 con la actuación de la Mídia Ninja –experiencia formulada en el ámbito de la red. ¿De qué modo el imaginario de hermandad, unión y complicidad entre el grupo puede ocultar el empleo de violencia simbólica para forjar la imagen de cohesión e intensificar las dinámicas de organización y movilización? Para analizar las tensiones y contradicciones en las prácticas colaborativas entre los integrantes, la pesquisa en el campo interdisciplinar entre la comunicación y la historia cultural emplea el método del análisis documental sobre datos obtenidos en entrevistas, observación participante, acompañamiento de listas de e-mail y redes sociales. Notamos que, en un ambiente de relaciones de trabajo informal basadas en pactos de honra y deudas de gratitud, la fabulación del imaginario de que ellos constituyen un movimiento histórico y revolucionario, análogo al modernismo y al tropicalismo, representa la motivación central que legitima las violencias simbólicas en nombre de la causa idealizada.
Descargas
Citas
BACZKO, Bronislaw. Imaginação social. In: Enciclopédia Einaudi: Anthropos – Homem, v. 5. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985. p. 296-332.
BARCELLOS, R. de M. R. de; DELLAGNELO, E. H. do L. O surgimento do Circuito Fora do Eixo sob a ótica da Teoria Política do Discurso: uma reflexão. ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM GESTÃO-SOCIAL, 6. São Paulo/SP. Anais do 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Gestão-social. Juazeiro do Norete, 2012. Disponível em: http://anaisenapegs.com.br/2012/dmdocuments/120.pdf Acesso em: 10 mar. 2014.
BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1978.
BERNARDI, Tati. A gente não quer só cinema, a gente quer dinheiro. Folha de S. Paulo, São Paulo, 2 dez. 2013. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/tatibernardi/2013/12/1379447-a-gente-nao-quer-so-cinema-a-gente-quer-dinheiro.shtml Acesso em: 28 fev. 2014.
BLOCK, Marc. Apologia da história: ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 8 ed, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
______. Modos de dominação. In: A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos. Porto Alegre: Zouk, 2006.
______. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp/Porto Alegre: Zouk, 2006.
BOCCHINI, Lino; LOCATELLI, Piero. Fora do eixo: ex-integrantes da entidade controladora do Mídia Ninja falam com exclusividade para Carta Capital e condenam práticas da organização. Carta Capital, São Paulo, 16 ago. 2013. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/fora-do-eixo-6321.html Acesso em: 8 out. 2013.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Difel/Bertrand Brasil, 1985.
COSTA, Eliane. A causa coletiva: políticas públicas culturais para o cenário das redes sob a perspectiva da ecologia digital (a experiência brasileira). Cadernos Cenpec | Nova série, [S.l.], v. 1, n. 1, dez. 2011. Disponível em: http://wwwh.cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/41/45 Acesso em: 10 mar. 2014.
DARNTON, Robert. O grande massacre dos gatos: e outros episódios da história cultural francesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
GARLAND, Shannon. “The Space, the Gear, and Two Big Cans of Beer”: Fora do Eixo and the Debate over Circulation, Remuneration, and Aesthetics in the Brazilian Alternative Market. Journal of Popular Music Studies, v. 24, n. 4, p. 509-531, 2012.
GLOSSÁRIO Fora do Eixo. Universidade Fora do Eixo/Fora do Eixo Letras. s/d. Disponível em: https://docs.google.com/document/d/1a3FFIkLjl0gZ_UW1xDsBDA2uF4JMfOc1wNdcTuCbtQ/edit?hl=en&ndplr=1# Acesso em: 10 jan. 2013.
MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades pós-modernas. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
MOREIRA, Sonia Virginia. Análise documental como método e como técnica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.
OLIVEIRA, Cláudio. Economia Solidária se fortalece e ganha espaço em Mato Grosso. Diário de Cuiabá, Cuiabá, 19 ago. 2008. Disponível em: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=323898 Acesso em: 20 dez. 2013.
SILVA, Juliana Vaz da; BENEVIDES, Rubens de Freitas. O universo dos festivais independentes. Emblemas: Revista do Departamento de História e Ciências Sociais - UFG/CAC, v. 9, n. 2, 2012. Disponível em:http://www.revistas.ufg.br/index.php/emblemas/article/view/28542/16028 Acesso em: 10 mar. 2014.
SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.
WANDERLEI, Gustavo Tomé. Dinâmicas de espaços culturais independentes. In: VASCONCELOS, Ana; GRUMAN, Marcelo. Políticas para as artes: prática e reflexão. Rio de Janeiro: Funarte, 2012.
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1993.
YÚDICE, George. Translator’s introduction. In: CANCLINI, Nestor Garcia. Imagined Globalization. Duke University Press, 2014. Disponível em: http://stage.dukeupress.edu/Assets/PubMaterials/978-0-8223-5473-4_601.pdf Acesso em: 25 fev. 2014.

