Poéticas e políticas para criação de memórias culturais em ambientes programáveis
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2014.3.15404Palavras-chave:
Memórias comunicativas, Memórias culturais, Ambientes programáveisResumo
O propósito deste texto é investigar as questões poéticas e políticas envolvidas na criação de objetos de memória em ambientes programáveis. Discute-se a relação entre memórias comunicativas e culturais e o modo como elas são produzidas nas redes sociotécnicas. Nesses ambientes, em função da forma como eles permitem agregações e combinações, o político se mostra como algo manipulável, aberto, que pode ser retorcido e subvertido. É na falta de compromisso com o factual e na abertura para o imaginário que surge o cruzamento entre o político e o poético. A criação poética é entendida a partir do uso de metadados e do comportamento dos ambientes programáveis. Eles realizariam a passagem entre memória comunicativa e cultural e entre o político e o poético.
Downloads
Referências
ASSMAN, Jan. Collective memory and cultural identity. New German Critique, n. 69, p. 125-133, 1995.
BROCKMEIER, Jens. Remembering and forgetting: narrative as cultural memory. Culture & Psychology, v. 8, n. 1, p. 15-43, 2002.
BRUNO, Fernanda Glória. Rastros Digitais: o que eles se tornam quando vistos sob a perspectiva da teoria ator-rede? In: XXI Encontro Anual da Compós, Universidade Federal de Juiz de Fora, 12 a 15 de junho de 2012. Disponível em: http://www.compos.org.br/. Acesso em: 1 set. 2012.
COUCHOT, Edmond. A tecnologia na arte: da fotografia à realidade virtual. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Delume Dumará, 2001.
FEATHERSTONE, Mike. Archiving cultures. In: British Journal of Sociology, 2000. p. 161-183. Disponível em: http://chnm.gmu.edu/courses/rr/f01/cw/archiving.pdf. Acesso em: 1 set. 2012.
HOSKINS, Andrew. The digital distribution of memory, 2009. Disponível em: http://www.inter-disciplinary.
net/wp-content/uploads/2009/03/hoskins-paper.pdf. Acesso em: 23 jan. 2010.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória. Arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
IGARZA, Roberto. Nuevas formas de consumo cultural: por qué las redes sociales están ganando la batalla de las audiências. In: Revista Comunicação, mídia e consumo, São Paulo: ESPM, ano 7, v. 7, n. 20, 2010.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. Bahia: EDUFBA, 2012.
______. Se falássemos um pouco de política? In: Política e Sociedade – Revista de Sociologia Política, Florianópolis: UFSC, v. 3, n. 4, p. 11-12, 2004.
LEROI-GOURHAN, André. O gesto e a palavra. Lisboa: Edições 70, 1990.
NEVES, José Pinheiro. O apelo do objeto técnico. Porto: Campos das Letras, 2006.
RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. São Paulo: 34, 1996.
SANTAELLA, Lucia; LEMOS, Renata. Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter. São Paulo: Paulus, 2010.
SARLO, Beatriz. O animal político na web. In: Serrote – Revista de ensaios, artes visuais, ideias e literatura. São Paulo: Instituto Moreira Salles, n. 7, mar. 2011.
______. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São. Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
VAN DIJCK, José. Mediated memories in the digital age. Stanford: Stanford University Press, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.