Diferenças de sexo na relação entre indicadores de força e resistência muscular de membros inferiores e a presença de incontinência urinária em nonagenários e centenários
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2018.2.31058Palabras clave:
Longevidade, incontinência urinária, força muscular, idoso de 80 anos ou mais.Resumen
Objetivos: Verificar a possível relação entre incontinência urinária e indicadores de força e resistência de membros inferiores em nonagenários e centenários e a influência do sexo sobre a mesma.
Métodos: Estudo transversal e analítico com nonagenários e centenários do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo. A incontinência, facilidade em executar atividades relacionadas aos membros inferiores, teste Timed Up and Go, sexo, idade, estado conjugal e sintomas depressivos foram as variáveis do estudo. Análise descritiva e analítica foi realizada pelos teste de qui-quadrado, ANOVA e regressão logística univariada e ajustada pelo sexo aceitando p<0,05.
Resultados: Foram avaliados 238 idosos, sendo 174 mulheres. A facilidade para caminhar 400 metros e levantar-se de uma cadeira e o tempo no Timed Up and Go foram os indicadores de força muscular e resistência significativos na correlação entre incontinência e força e resistência muscular ajustado pelo sexo (respectivamente, RC=0,832, p=0,011; RC=0,846, p=0,012 e RC=0,352, p=0,002). Sexo foi a variável com relação mais significativa (RC=0,349, p=0,001) e sua presença diminuía a significância estatística das demais variáveis. Sintomas depressivos aumentavam as chances de incontinência para homens.
Conclusões: A incontinência pode estar relacionada com força e resistência muscular de membros inferiores, principalmente em mulheres. Exercícios de força e resistência envolvendo membros inferiores podem ser agregados aos programas tradicionais e reconhecidos de prevenção de incontinência.
Descargas
Citas
International Continence Society. Recommendations of the International Scientific Committee: evaluation and treatment of urinary incontinence, Pelvic Organ Prolapse and Faecal Incontinence. 4ª International Consultation on Incontinence; 2008; Paris. Paris, França: ICUD; 2009 [acesso em 30 set 2018]. [aproximadamente 54p.].
Disponível em:
http:// www.ics.org/Publications/ICI_4/filesbook/recommendation.pdf
Milsom I, Coyne, KS, Nicholson S, et al. Global Prevalence and Economic Burden of Urgency Urinary Incontinence: A Systematic Review. European Urology. 2014; 65(1):79-95.
Santos PHS, Fernandes MH, Casotti CA, et al. Perfil de fragilidade e fatores associados em idosos cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família. Ciênc. Saúde Coletiva. 2015;20(6):1917-24.
Lenardt MH, Grden CRB, Sousa JAV, et al. Fatores associados à diminuição de força de preensão manual em idosos longevos Rev. Esc. Enferm. USP 2014;48(6):1006-12.
Ângela Kemel Zanella. Avaliação da consciência da musculatura do assoalho pélvico e sua relação com a incontinência urinária em idosas [tese]. Porto Alegre (RS): Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2016.
Berardelli M, De Rango F, Morelli M, et al. Urinary incontinence in the elderly and in the oldest old: correlation with frailty and mortality. Rejuvenation Res. 2013;16(3): 206-11.
Jenkins KR, Fultz NH. Functional impairment as a risk factor for urinary incontinence among older Americans. Neurourol Urodyn. 2005;24(1):51-5.
Hayashida I, Tanimoto Y, Takahashi Y, et al. Correlation between muscle strength and muscle mass, and their association with walking speed, in community-dwelling elderly Japanese individuals. Plos One. 2014;9(11): e111810.
Gabriela Guimarães Oliveira. Desempenho de longevos caidores e não caidores na avaliação do Timed up and go (TUG) utilizando um aplicativo de smartphone [dissertação]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2018.
Bicalho MB, Lopes MHBM. Impacto da incontinência urinária na vida de esposas de homens com incontinência: revisão integrativa. Rev. Esc. Enferm. USP. 2012;46(4): 1009-14.
Pícoli, T da S, Figueiredo, LL de, Patrizzi, LJ. Sarcopenia e envelhecimento. Fisioter. Mov. 2011; 24(3):455-62.
Sousa JG, Ferreira VR, Oliveira RJ et al. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico em idosas com incontinência urinária. Fisioter. Mov. 2011;24(1):39-46.
Observatório da Cidade de Porto Alegre, OBSERVAPOA. Porto Alegre em mapas: territorialidades: regiões OP [Internet]. Porto Alegre; 1997. [Acesso em 30 Set 2018]. Disponível em:
http://www.observapoa.com.br/default.php?p_secao=46
Podsiadlo D, Richardson S. The timed “Up & Go”: a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142-8.
Marília Siqueira Campos Almeida. Efetividade da escala de depressão geriátrica de cinco itens em população idosa da comunidade [tese]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2011.
Apóstolo JLA, Loureiro LMJ, Reis IAC, et al. Contribuição para a adaptação da Geriatric Depression Scale-15 para a língua portuguesa. Rev. Enf. Ref. 2014;ser IV(3): 65-73.
Korelo RIG, Kosiba CR, Grecco L, et al. Influência do fortalecimento abdominal na função perineal, associado ou não à orientação de contração do assoalho pélvico, em nulíparas. Fisioter. Mov. 2011;24(1):75-85.
Higa R, Lopes MHBM, Reis MJ. Fatores de risco para incontinência urinária na mulher. Rev. Esc. Enferm. USP. 2008;42(1):187-92.
Neto OMV. Infecção do trato urinário. RMRP. 2003; 36(2/4):365-9.
Bing MT, Uhlman MA, Kreder KJ. An update in the treatment of male urinary incontinence. Curr. Opin. Urol. 2013;23(6):540-4.
Kubagawa LM, Pellegrini JRF, Lima VP, et al. A eficácia do tratamento fisioterapêutico da incontinência urinária masculina após prostatectomia. Rev. Bras. Cancerol. 2006; 52(2):179-83.
Fontes AP, Botelho MA, Fernandes AA. Incontinência Urinária e Funcionalidade: um estudo exploratório numa população idosa. Acta Urológica. 2011;2:12-9.
Kreydin E, Kim M, Oliver J, et al. MP77-11 til death do us part: the relationship between urinary incontinence and marital status among us women and men. The Journal of Urology. 2016;195(4): e1020.
Pedro AF, Ribeiro J, Soler ZASG, et al. Qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.). 2011;7(2):63-70.
Knorst MR, Resende TL, Goldim JR. Perfil clínico, qualidade de vida e sintomas depressivos de mulheres com incontinência urinária atendidas em hospital-escola. Rev. Bras. Fisioter. 2011;15(2):109-16.
Hellwig N, Munhoz TN, Tomasi E. Sintomas depressivos em idosos: estudo transversal de base populacional. Ciênc. Saúde Coletiva. 2016;21(11):3575-84.
Vigod SN, Stewart DE. Major depression in female urinary incontinence. Psychosomatics. 2006;47(2):147-51.
Bischoff HA, Stähelin HB, Monsch AU, et al. Identifying a cut-off point for normal mobility: a comparison of the timed ‘up and go’ test in community-dwelling and institutionalised elderly women. Age Ageing. 2003;32(3):315-20.
Bolina AF, Dias FA, Santos NMF, et al. Incontinência urinária autorreferida em idosos e seus fatores associados. Rev. Rene. 2003;14(2):354-63.
Abreu HCA, Reiners AAO, Azevedo RCS, et al. Incontinência urinária na predição de quedas em idosos hospitalizados. Ver. Esc. Enferm. USP. 2014;48(5):851-6.
Rios AA, Cardoso JR, Rodrigues MA, et al. The helpseeking by women with urinary incontinence in Brazil. Int. Urogynecol. J. 2011;22(7):879-84.
Castaneda L, Plácido T. Ligação do King’s Heath Questionário com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, para avaliação de pacientes com incontinência urinária pós cirurgia oncológica
ginecológica. Acta Fisiatr. 2010;17(1):18-21.
Depolito C, Leocadio PLLF, Cordeiro RC. Declínio funcional de idosa institucionalizada: aplicabilidade do modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Fisioter. Pesqui. 2009;16(2):23-9.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la PAJAR implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a PAJAR como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.