Manifestações contratransferenciais e manejo psicofarmacológico no primeiro atendimento de idosos em um ambulatório de psiquiatria geriátrica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2024.1.45784

Palavras-chave:

contratransferência, idosos, assistência ambulatorial.

Resumo

Objetivos: o presente estudo objetivou avaliar as manifestações contratransferenciais e suas implicações com medidas de manejo psicofarmacológico no primeiro atendimento de pacientes idosos em um ambulatório de psiquiatria de um hospital terciário.

Métodos: pacientes idosos foram atendidos por médicos concluindo especialização em psiquiatria, com supervisão presencial de preceptores psiquiatras e psicanalistas do serviço. Após a consulta, os médicos selecionados preencheram a Escala para Avaliação de Contratransferência (EACT). Os resultados foram posteriormente relacionados com dados dos examinadores e pacientes, bem como com os ajustes medicamentosos realizados na primeira consulta.

Resultados: foi encontrada associação clinicamente significativa entre condutas psicofarmacológicas e dados sociodemográficos dos pacientes e avaliadores quando associadas às manifestações contratransferenciais, representadas pelos escores de aproximação (R²=51.8%), afastamento (R²=55.3%) e indiferença (R²=53.30%). Escores de aproximação contratransferencial se associaram positivamente à suspensão de psicofármacos (p=0,001) e negativamente à suspensão de hipnóticos (p=0,020), redução da dose de hipnóticos (p=0,000), troca entre hipnóticos (p=0,015) e introdução de anticonvulsivantes (p=0,002). Escores de afastamento contratransferencial se associaram positivamente as variáveis de suspensão de hipnóticos (p=0,011), redução da dose de hipnóticos (p=0,000), troca anticonvulsivantes (p=0,006), ao passo que o número de ajustes medicamentosos (p=0,026) se associou de maneira negativa. Escores contratransferenciais de indiferença também se associaram negativamente com o número de ajustes medicamentosos (p=0,047).


Conclusão: desta forma, evidenciamos a importância da compreensão das manifestações contratransferenciais como uma ferramenta dentro da prática clínica e na qualidade dos atendimentos.

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Biografia do Autor

Guilherme Noschang Vieira Bacchi, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Pós-graduado em Prática Médica Hospitalar – Psiquiatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Larissa Belon Albuquerque, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduada em Medicina pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente, SP, Brasil. Pós-graduada em Prática Médica Hospitalar – Psiquiatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Marina Mosele Guidi, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduanda em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba, PR, Brasil.
Pós-graduada na Residência de Psiquiatria do Hospital São Lucas (HSL), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Mateus Vizentini Mendes, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil

Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Pós-graduado em Prática Médica Hospitalar – Psiquiatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Pedro Marques da Rosa, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Pós-graduado em Prática Médica Hospitalar – Psiquiatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Edgar Chagas Diefenthaeler, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Preceptor e Supervisor de Psiquiatria do Hospital São Lucas (HSL), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Vanessa Sgnaolin, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil. Professora da Escola de Ciências de Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Alfredo Cataldo Neto, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutor em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2024-09-30

Como Citar

Rorig de Azevedo, A., Noschang Vieira Bacchi, G., Belon Albuquerque, L., Mosele Guidi, M., Vizentini Mendes, M., Marques da Rosa, P., … Cataldo Neto, A. (2024). Manifestações contratransferenciais e manejo psicofarmacológico no primeiro atendimento de idosos em um ambulatório de psiquiatria geriátrica. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 12(1), e45784. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2024.1.45784

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