"OUVIR A VOZ DO AMIGO ... "

Autores

  • Róbson Ramos dos Reis Universidade Federal de Santa Marta, UFSM

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.1998.1.35393

Palavras-chave:

Discurso, Consciência, Heidegger

Resumo

SÍNTESE - Este artigo apresenta uma análise da passagem sobre a voz do amigo, no § 34 de Ser e tempo, aproximando-a da temática da voz da consciência, tal como apresentada nos §§ 54 a 60. São destacados os pontos relevantes nas duas temáticas, que são aproximadas pelo papel central atribuído ao fenômeno do ouvir, enquanto forma essencial dó compartilhamento da própria existência com os outros existentes humanos. Tanto na voz da consciência, quanto na voz do amigo, está presente a possibilidade de abertura do Dasein para o seu poder-ser mais próprio. Se a voz da consciência chama a vida humana diante de sua possibilidade autêntica, o ouvi-la, na forma do ouvir a voz do amigo, faz cada existente em particular aberto para tal possibilidade. Por isso, o central nesta voz não seria tanto o seu caráter amigável, mas o compartilhamento: um compartilhamento que não exclui o confronto. A conclusão central consiste em que esta afirmação sobre a voz do amigo pertence ao cerne da analítica da existência, não podendo ser vista como uma simples evocação poética.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BÍBLIA. (Tradução Ecumênica). São Paulo: Loyola, 1995. CAPUTO, John. The mystical element in Heidegger's thought. Athens Ohio: Ohio University Press, 1977.

DAVIDSON, Donald. Paradoxes of irrationality ln: WOLHEIM, Richard, HOPKINS, James. Philosophical essays on Freud. Cambridge: Cambridge University Press, 1983. p. 298-305. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511554636.018

DERRIDA, Jacques. Heidegger's Ear: Philopolemology (Geschlecht IV). ln: SALIJS, John. Reading Heidegger. Bloomington and Indianapolis: Indiana University Press, 1993. p. 163-218.

FIGAL, Günter. Vollzugssinn und Faktizitii.t. ln: FIGAL, Günter. Der Sinn des Verstehens. Stuttgart: Reclam, 1996. p. 32-44.

GUIGNON, Charles. Heidegger and the Problem of Knowledge. Indianapolis: Hackett, 1983.

HEIDEGGER, Martin (1927). Sein und Zeit. 17. ed. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 1986.

---. (1988) Prolegomena zur Geschichte des Zeitbegriffs. 2. ed. ln: Gesamtausgabe 20. Sommersemester 1925). (Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann.

---. (1996). Einführung in die Philosophie. ln: Gesamtausgabe 27. Wintersemester 1928/29. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann). KAEGI, Dominic (1996). Die Religion in den Grenzen der blossen Existenz. Heideggers religionsphilosophische Vorlesungen von 1920/21. Intemationale Zeitschrift für Philosophie, 2, p. 131-149.

MULHALL, Stephen. Heidegger and 'Being and Time'. London: Routledge, 1996.

RORTY, Richard (1990). Wittgenstein, Heidegger and the reification of language. ln: GUIGNON, Charles. Cambridge Companion to Heidegger. Cambridge: Cambridge University Press: 1993. p. 337- 357. DOI: https://doi.org/10.1017/CCOL0521385709.014

Downloads

Publicado

1998-12-31

Como Citar

Reis, R. R. dos. (1998). "OUVIR A VOZ DO AMIGO . ". Veritas (Porto Alegre), 43(1), 43–54. https://doi.org/10.15448/1984-6746.1998.1.35393