Trauma cranioencefálico leve e hipopituitarismo imediato em crianças <br><b>[Resumo em Português]</b>

Autores

  • David Gonçalves Nordon PUC-SP
  • Rodrigo Rejtman Guimarães PUC-SP
  • Alcinda Aranha Nigri PUC-SP
  • Sandro Blasi Esposito PUC-SP

Palavras-chave:

TRAUMATISMOS CRANIOCEREBRAIS, TRAUMATISMOS ENCEFÁLICOS, TRAUMA CRANIANO, TIREÓIDE, HIPOPITUITARISMO, CRIANÇA, MEDICINA DE EMERGÊNCIA.

Resumo

OBJETIVOS: O trauma cranioencefálico é um trauma comum e dispendioso que pode levar a hipopituitarismo. Suas complicações podem ter grande impacto na saúde pública, especialmente em crianças. Este estudo avalia a prevalência de hipopituitarismo imediato em crianças que sofreram lesão cerebral traumática leve. MÉTODOS: Foram avaliadas para o estudo crianças admitidas no serviço de emergência da Unidade Regional de Emergência - Conjunto Hospitalar de Sorocaba devido a um trauma cranioencefálico. Cada paciente foi submetido a uma tomografia computadorizada na admissão e classificado pela Escala de Coma de Glasgow, sendo a lesão cerebral classificada em grave (<9), moderada (9-12) ou leve (> 12). Aqueles cujos pais ou responsáveis concordaram em participar e apresentavam a forma leve de trauma cranioencefálico foram incluídos no estudo e convidados a realizar uma avaliação neuroendocrinológica. RESULTADOS: Sessenta e oito crianças foram internadas com traumatismo cranioencefálico e 21 concordaram em participar. Cinco pacientes não realizaram os exames de sangue e urina, dois tinham a forma moderada e um tinha a forma grave de trauma cranioencefálico, sendo excluídos da análise. Entre as 13 crianças cujos exames foram feitos dentro das primeiras 48 horas após o trauma, cinco (38,5%) apresentaram alterações hormonais, respectivamente: somente elevação de hormônio estimulante da tireoide (TSH); somente elevação de fator de crescimento insulina-símile 1 (IGF-1); somente elevação de cortisol; elevação de hormônio folículo estimulante (FSH) combinada à elevação de prolactina; e elevação de TSH combinada à elevação de FSH. Nenhum dos pacientes apresentou sintomas de hipopituitarismo. Não houve associação entre alterações de neuroimagem e hipopituitarismo. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo apontam para disfunções endócrinas provavelmente pouco importantes, já que algumas das alterações encontradas podem estar relacionadas à resposta ao trauma agudo. Considerando a literatura e os resultados, é possível especular que a relação do trauma cranioencefálico com hipopituitarismo em crianças é diferente dos adultos.

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Biografia do Autor

David Gonçalves Nordon, PUC-SP

Mcadêmico de Medicina

Rodrigo Rejtman Guimarães, PUC-SP

Médico pela FCMS-PUC-SP.

Alcinda Aranha Nigri, PUC-SP

Professora mestra de pediatria da FCMS-PUC-SP.

Sandro Blasi Esposito, PUC-SP

Professor Doutor de Neurologia da FCMS-PUC-SP.

Publicado

2012-07-27

Como Citar

Nordon, D. G., Guimarães, R. R., Nigri, A. A., & Esposito, S. B. (2012). Trauma cranioencefálico leve e hipopituitarismo imediato em crianças <br><b>[Resumo em Português]</b>. Scientia Medica, 22(2), 86–90. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/9999

Edição

Seção

Artigos Originais