Insuficiência renal aguda em pacientes com sepse grave: fatores prognósticos

Autores

  • Thábata Yaedu Okamoto Universidade Estadual de Londrina
  • Jéssica Christiane Yoshihara Dias Universidade Estadual de Londrina
  • Priscila Taguti Universidade Estadual de Londrina
  • Maria Fernanda Sacon Universidade Estadual de Londrina
  • Ivanil Aparecida Moro Kauss Universidade Estadual de Londrina
  • Claudia Maria Dantas de Maio Carrilho Universidade Estadual de Londrina
  • Lucienne Tibery Queiroz Cardoso Universidade Estadual de Londrina
  • Cintia Magalhães Carvalho Grion Universidade Estadual de Londrina
  • Tiemi Matsuo Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

SEPSE, INSUFICIÊNCIA RENAL, FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS, MORTALIDADE, FATORES DE RISCO.

Resumo

OBJETIVOS: Verificar os fatores determinantes de prognóstico nos pacientes com sepse grave e insuficiência renal aguda. MÉTODOS: Foram incluídos todos os pacientes maiores que 18 anos internados na unidade de cuidados intensivos do Hospital Universitário de Londrina (estado do Paraná) entre maio de 2007 e junho de 2008 com diagnóstico de sepse grave ou choque séptico. RESULTADOS: Foram analisados 67 pacientes, cuja média de idade foi de 61±18 anos, sendo que 47 (70,1%) apresentaram insuficiência renal aguda e 18 (26,9%) necessitaram diálise. A mortalidade foi maior nos pacientes com insuficiência renal aguda (85,1%) quando comparada com a dos pacientes sem insuficiência renal aguda (35,0%; p menor que 0,001). Houve necessidade de ventilação mecânica em 53 (79,1%) pacientes e de drogas vasoativas em 51 (76,1%) pacientes. Os fatores de risco que se associaram com maior mortalidade pela análise bivariada foram o escore APACHE II (p=0,02), SOFA (p=0,03), uso de drogas vasoativas (p menor que 0,01) e uso de ventilação mecânica (p=0,01). Na análise multivariada o uso de drogas vasoativas manteve a significância, com OR de 25,33 (IC 95% 3,21-199,69; p=0,002). CONCLUSÕES: A insuficiência renal aguda foi ocorrência comum nos pacientes com sepse, fazendo parte de um quadro de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas, particularmente nos pacientes com diagnóstico de choque séptico, estando associada a aumento da probabilidade de morte nesses pacientes graves. O uso de drogas vasoativas foi o único fator de risco para mortalidade em pacientes com sepse e insuficiência renal aguda que se manteve na análise multivariada. Estes resultados apontam para a importância do tratamento precoce dos quadros de sepse grave a tempo de prevenir a evolução para choque séptico e para insuficiência renal.

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Biografia do Autor

Thábata Yaedu Okamoto, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Medicina

Jéssica Christiane Yoshihara Dias, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Medicina

Priscila Taguti, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Medicina

Maria Fernanda Sacon, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Medicina

Ivanil Aparecida Moro Kauss, Universidade Estadual de Londrina

Fisioterapeuta Divisão de Terapia intensiva - Hospital Universitário

Claudia Maria Dantas de Maio Carrilho, Universidade Estadual de Londrina

Departamento de Clinica Médica - Ciências da Saúde

Lucienne Tibery Queiroz Cardoso, Universidade Estadual de Londrina

Departamento de Clinica Médica - Ciências da Saúde

Cintia Magalhães Carvalho Grion, Universidade Estadual de Londrina

Departamento de Clinica Médica - Ciências da Saúde

Tiemi Matsuo, Universidade Estadual de Londrina

Departamento de Estatística - Matemática

Publicado

2012-08-07

Como Citar

Okamoto, T. Y., Dias, J. C. Y., Taguti, P., Sacon, M. F., Kauss, I. A. M., Carrilho, C. M. D. de M., Cardoso, L. T. Q., Grion, C. M. C., & Matsuo, T. (2012). Insuficiência renal aguda em pacientes com sepse grave: fatores prognósticos. Scientia Medica, 22(3), 138–141. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/10804

Edição

Seção

Artigos Originais