Sífilis adquirida na população de 50 anos ou mais

Distribuição geográfica e tendências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39292

Palavras-chave:

sífilis, doenças sexualmente transmissíveis, saúde do idoso

Resumo

Objetivo: avaliar a prevalência de sífilis adquirida na população ≥50 anos residente em Santa Catarina, sua distribuição geográfica e tendência no período 2013-2018.
Métodos: estudo ecológico exploratório, analisando dados na plataforma virtual da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, relativos às notificações de sífilis na população catarinense com ≥50 anos, sendo a faixa etária dividida em quatro grupos: 50-59 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e ≥80 anos.
Resultados: a taxa de ocorrência de sífilis na população estudada aumentou de 18,2 para 110,7 casos /100.000 habitantes no período. O incremento foi observado em todas as faixas etárias a partir dos 50 anos e sexos, destacando-se a população de 50-59 anos. As maiores incidências foram verificadas nas macrorregiões Grande Florianópolis e Planalto Norte/Nordeste.
Conclusão: houve crescimento exponencial do agravo no período 2013-2018, na população referida, para ambos os sexos, ocorrendo de forma diferenciada segundo macrorregião de saúde. Os resultados obtidos preocupam e merecem atenção da gestão pública.

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Biografia do Autor

Monike Rayana Medeiros, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil.

Estudante de Medicina, bolsista do Programa de Iniciação Científica, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em Tubarão, SC, Brasil.

Gabriel Oscar Cremona Parma, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil.

Doutor em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, SC, Brasil; mestre em Engenharia Civil pela mesma instituição. Professor colaborador do Programas de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) e dos cursos de engenharia e matemática da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em Palhoça, SC, Brasil.

Fabiana Schuelter-Trevisol, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil.

Doutora em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em Tubarão, SC, Brasil. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Curso de Medicina da UNISUL. Coordenadora do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, SC, Brasil.

Betine Pinto Moehlecke Iser, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC, Brasil.

Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Epidemiologia pela mesma instituição. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em Tubarão, SC, Brasil.

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Publicado

2021-09-28

Como Citar

Medeiros, M. R., Parma, G. O. C., Schuelter-Trevisol, F., & Iser, B. P. M. (2021). Sífilis adquirida na população de 50 anos ou mais: Distribuição geográfica e tendências. Scientia Medica, 31(1), e39292. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39292

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