Comparison of the effects of interferential current between male and female healthy adults

Autores

  • Dauana Arielli Dallacorte Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Giovana Silva Sprizon Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Kimberly Suellin Bueno Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Pâmela Giovana Hotz Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Fernando Amâncio Aragão Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Gladson Ricardo Flor Bertolini Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). http://orcid.org/0000-0003-0565-2019

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2017.3.27660

Palavras-chave:

terapia por estimulação elétrica, modalidades de fisioterapia, características sexuais, gênero.

Resumo

***Comparação dos efeitos da corrente interferencial entre homens e mulheres saudáveis***

OBJETIVOS: Avaliar características dos fenômenos de acomodação (limiar, tempo e amplitude/intensidade) durante estimulação com corrente interferencial, comparando adultos saudáveis do gênero masculino e feminino.

MÉTODOS: Um ensaio clínico não randomizado com amostragem intencional por gênero incluiu 30 voluntários adultos saudáveis com idade entre 18 e 25 anos, que foram divididos em dois grupos (15 no Grupo Feminino e 15 no Grupo Masculino) e receberam uma corrente interferencial tetrapolar por 20 minutos, na altura das vértebras L1 e L5. Os sujeitos foram instruídos a referir uma sensação de parestesia intensa mas confortável e relatar o momento em que ela diminuiu (acomodação), requerendo aumento da intensidade da corrente. Foram analisados os três primeiros fenômenos de acomodação (AV1, AV2 e AV3), incluindo tempo e limiar de amplitude. Foram consideradas também as diferenças entre AV1 e AV2 (D1) e entre AV2 e AV3 (D2). Foi identificado o número total de acomodações para cada sujeito nos 20 minutos do experimento. Para a análise foram usados ANOVA e teste t de Student e o nível de significância foi definido em 5%.

RESULTADOS: No Grupo Masculino, o tempo médio para acomodação foi maior em AV3 comparado com AV1 e AV2. No Grupo Feminino, o tempo médio foi maior em AV3 em relação a AV2 e em AV2 em relação a AV1. Não foram encontradas diferenças no Grupo Masculino entre D1 e D2, mas no Grupo Feminino, D2 foi superior a D1. As mulheres apresentaram acomodação mais rapidamente do que os homens em todas as três avaliações, mas as diferenças entre uma avaliação e outra foram constantes considerando os dois grupos. Ambos os grupos apresentaram comportamento semelhante na intensidade da corrente, comparando as três avaliações dentro do mesmo grupo. Na comparação entre os grupos, as mulheres apresentaram valores médios de intensidade mais baixos em todas as três avaliações. O Grupo Feminino apresentou 7,5±1,5 acomodações e o Grupo Masculino 5,9±2,0 acomodações (p=0,0367) durante os 20 min do experimento.

CONCLUSÕES: Nesta amostra de jovens adultos saudáveis, os homens necessitaram de corrente interferencial com maior amplitude para obter uma parestesia confortável e demoraram mais tempo para apresentar acomodação, enquanto as mulheres tiveram mais episódios de acomodação.

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Biografia do Autor

Gladson Ricardo Flor Bertolini, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (1995), mestrado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2003) e doutorado em Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo (2008). Atualmente é prof. adjunto C da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, docente da graduação em Fisioterapia e Mestrado em Biociências e Saúde. Tem experiência na área de Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica, atuando principalmente nos seguintes temas: fisioterapia, laser de baixa potência, alongamento muscular, imobilização e remobilização, dor e ultrassom terapêutico. Atualmente é Bolsista Produtividade da Fundação Araucária. Membro do Comitê Assessor de Área - Fisioterapia INEP (MEC). Plantonista do Centro de Reabiltiação Física da Unioeste, com atendimento em Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica.

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Publicado

2017-08-20

Como Citar

Dallacorte, D. A., Sprizon, G. S., Bueno, K. S., Hotz, P. G., Aragão, F. A., & Bertolini, G. R. F. (2017). Comparison of the effects of interferential current between male and female healthy adults. Scientia Medica, 27(3), ID27660. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2017.3.27660

Edição

Seção

Artigos Originais

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