“Não tem nada para fazer lá”: trabalho e pessoas com deficiência visual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2020.1.31320

Palavras-chave:

inclusão social, satisfação no trabalho, deficiente visual

Resumo

O objetivo foi verificar a percepção de satisfação no trabalho, motivos de insatisfação e barreiras para inserção laboral de pessoas com deficiência visual. Participaram 136 pessoas com deficiência visual, com baixa visão e cegueira congênita ou adquirida, com idade média de 37,86 (DP = 14,39), sendo 52,2% do sexo feminino. Os participantes responderam ao questionário de identificação e três perguntas sobre satisfação, insatisfação e dificuldades percebidas para inserção laboral. Os dados foram analisados qualitativamente por meio de análise de conteúdo e quantitativamente com estatísticas inferenciais. Os resultados indicaram que os motivos de maiores insatisfações foram relativos á conflitos organizacionais e falta de acessibilidade. Em relação às barreiras para inclusão, identificou-se o preconceito e o desconhecimento social sobre a deficiência como aspectos de maior limitação. Além disso, na comparação por tipo de deficiência, as maiores insatisfações e dificuldades foram para pessoas com cegueira congênita.

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Biografia do Autor

Leonardo de Oliveira Barros, Universidade São Francisco, SP

Doutor em Psicologia.

Rodolfo Augusto Matteo Ambiel, Universidade São Francisco, SP

Doutor em Psicologia.

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Publicado

2020-05-15

Como Citar

Barros, L. de O., & Ambiel, R. A. M. (2020). “Não tem nada para fazer lá”: trabalho e pessoas com deficiência visual. Psico, 51(1), e31320. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2020.1.31320

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