Arqueologia especulativa

metodologia e tipologia de roteiros não filmados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2024.1.44723

Palavras-chave:

estudos de roteiro, história do cinema, arqueologia das mídias, ficção especulativa, roteiros não filmados

Resumo

O artigo realiza uma investigação conceitual e metodológica sobre o papel dos roteiros não filmados nos estudos de cinema. Ao se concentrar nas temporalidades retrospectivas e prospectivas dos roteiros não filmados, o ensaio propõe uma arqueologia especulativa como metodologia. Na parte final, há uma proposta de uma tipologia de roteiros não filmados, chamando a atenção para o roteiro blueprint, os argumentos e os roteiros fragmentados; os traços autorais dos roteiros inéditos; e o círculo vicioso dos roteiros que são filmados em um contexto de produção diferente do original. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pablo Gonçalo, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil.

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; foi Fulbright Visiting Scholar na University of Chicago, EUA. Professor adjunto do curso de Comunicação Social / Audiovisual e professor cadastrado do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação, (PPGCom) da Universidade de Brasília (UnB) e do Programa de Pós-Graduação em Literatura da mesma instituição, em Brasília, DF, Brasil. Curador, crítico e roteirista. 

Referências

AVELLAR, José Carlos. A Ponte Clandestina: Birri, Glauber, García Espinosa, Sanjines, Alea: teorias do cinema na América Latina. São Paulo: Editora 34, 1995.

AZOULAY, Ariella. Potential History: unlearning imperialism. New York: Verso, 2019.

BANKS, Miranda. The Writers: a history of American screenwriters and their guild. New Jersey: Rutgers University Press, 2016.

BLANK, Thaís. Cinema Doméstico Brasileiro (1920 - 1965). Rio de Janeiro: Appris Editora, 2020.

BUÑEL, Luís. O Sol Secreto. México: Cineteca de México,1979.

CAVELL, Stanley. The World as Viewed: reflections on the onthology of film. Boston: Harvard University Press, 1979.

CHARTIER, Roger. Do Palco à Página. São Carlos: Edufscar, 2021.

DECAMERON. Direção: Pier Paolo Pasolini. Produzione Europee. Itália, 1971.

DERRIDA, Jacques. Mal d’Archives. Paris: Gaillé, 2008.

DURAND, Gilbert. As Estruturas Antropológicas do Imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

ELSAESSER, Thomas. Cinema como Arqueologia das Mídias. Compilação de Adilson Mendes. São Paulo: Edições SESC, 2018.

FENWICK, James; FOSTER, Kieran; ELDRIDGE, David (org.). Shadow Cinema: the historical contexts of unmade films. New York: Bloomsbury Academic, 2022.

FIELD, Alisson. Uplift Cinema: the emergence of African American cinema and possibility of black modernity. Durham: Duke University Press, 2015.

GOLDMAN, Nelson. Ways of World Making. London: Hackett Publishing Company, 1978.

GONÇALO, Pablo. Hollywood de Papel: roteiros não filmados de Ben Hecht, Billy Wilder e Frances Marion. Rio de Janeiro: Editora Zazie, 2022.

GONÇALO, Pablo. Fábulas sem Olhos: os roteiros não filmados na filmografia do cinema brasileiro. Ecompós Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, Brasília, v. 23, p. 1-23, jan./dez. 2020.

JANICOT, Christian; PLACE, Jean-Michel (org.). Anthologie du Cinema Invisible: 100 scénarios pour 100 ans du cinema. Paris: Artes Éditions, 1995.

JAMESON, Frederic. Arqueologias do futuro: o desejo chamado Utopia e outras ficções científicas. Rio de Janeiro: Editora Autêntica, 2021.

JEANNELE, Jean-Louis. Films Sans iImages: une histoiredesscénarios non realisé de “lacondition humaine”. Paris: Seuil, 2015.

HARMAN, Graham. Bells and Whistles: more speculative realism. London: Zero Books, 2013.

LISSOSVKY, Maurício. A Máquina de Esperar: origem e estética da fotografia moderna. Rio de Janeiro: Mauad, 2009.

MACDONALD, Ian. Screenwriting poetics and the screen idea. London: Palgrave MacMillan, 2013.

MARAS, Steven. Screenplay: history, theory and practice. New York: Wallflower, 2009.

MARION, Frances. The Betrayal. Los Angeles: Margaret Herrick Library, 1948.

MARION, Frances. Chains. Los Angeles: Margaret Herrick Library, [1940 ou 1942]

MATTOS, Carlos Alberto. Walter Lima Jr.: viver cinema. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002.

MEILLASSOUX, Quentin. Potentiality and Virtuality. In: BRYAN, Levy; SRNICEK, Nick; HARMAN, Graham. The Speculative Turn: continental materialism and realism. Melbourne: pe.press, 2011.

MEILLASSOUX, Quentin. Après la finitude: essai sur lanécessité de la contigence. Paris: Seuil, 2006.

MORIN, Edgar. Le Cinema ou L’homme Imaginaire: essai d’anthropologie. Paris: Éditions duminuit, 1956.

NANICELLI, Ted Nanicelli; MONTEIRO, Lúcia Ramos. Seria o roteiro uma obra de arte? Tradução de Pablo Gonçalo. Revista Esferas, Brasília, ano 11, v. 2, p. 28-46, maio/ago. 2021.

OLIVEIRA, Manoel. Argumentos Não Realizados. Lisboa: Cinemateca de Portugal, 1988.

PASOLINI, Pier Paolo. O Roteiro como Estrutura que Quer Ser Outra Estrutura. Tradução de Alex Calheiros. Revista Esferas, Brasília, ano 11, v. 2, p. 17-27, maio/ago. 2021.

PEIXOTO, Mário. O Sono sobre a Areia. Rio de Janeiro: Arquivo Mário Peixoto, 1932.

PRICE, Steve. The screenplay: authorship, theory, criticism. London: Palgrave MacMillan, 2010.

PSYCHO. Direção: Alfred Hitchcock. Paramount Pictures. Estados Unidos, 1960.

PSYCHO. Direção: Gus Van Sant. Universal Pictures. Estados Unidos, 1998.

RICOEUR, Paul. Temps et Récit. Paris: Éditions du Seuil,1983. t. I

ROCHA MELO, Luis Alberto. Alinor Azevedo e o Cinema Carioca. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2022.

SHOEMAKER, Pamela; VOS, Thimoty. Gatekeeping Theory. London: Routledge, 2009.

TO be or not to be. Direção: Ernst Lubitsch. United Artists. Estados Unidos, 1942.

TUDO por amor. Direção: Edmund Goulding. MGM. Estados Unidos, 1927.

VENTO e areia. Direção: Victor Sjöstrom. Produção de MGM. Estados Unidos, 1928.

VERTOV, Dziga. Cine-olho: manifestos, projetos e outros escritos. Tradução de Luis Felipe Labaki. São Paulo: Editora 34, 2022.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; DANOWSKI, Deborah. Há mundo por vir?: ensaio sobre os medos e os fins. Rio de Janeiro: ISA, 2017.

Downloads

Publicado

2024-07-22

Como Citar

Gonçalo, P. (2024). Arqueologia especulativa: metodologia e tipologia de roteiros não filmados. Revista FAMECOS, 31(1), e44723. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2024.1.44723