La (no) cobertura de los riesgos medioambientales: debate acerca de los silenciamientos del periodismo
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2017.3.26545Palabras clave:
Periodismo, Riesgos ambientales, SilenciamientosResumen
Este artículo propone un debate sobre el papel del periodismo en lo que se refiere a la visibilidad de los riesgos ambientales, aunque se conozcan las dificultades encontradas en la cultura periodística sobre el tratamiento preventivo de los asuntos. A partir de la perspectiva de la percepción de riesgos, se refuerza la idea de que el periodismo participa como uno de los factores que pueden generar acción frente a las cuestiones ambientales en razón de su poder amplificador o, por el contrario, contribuir a la no comprensión de los riesgos, cuando los ignora. Después de una revisión de literatura, se verifican los silenciamientos en la cobertura de los transgénicos, de la minería en Mariana (MG) y de la CMPC en Guaíba (RS). Entre las consideraciones, se apunta que los propios valores que guían la construcción de la noticia impiden la emergencia de un periodismo comprometido con la percepción de los riesgos, hecho que dificulta el enfrentamiento de los mismos. Por lo tanto, se argumenta que los cambios de la sociedad deben implicar también en transformaciones de las lógicas periodísticas.
Descargas
Citas
ALSINA, Miquel Rodrigo. A construção da notícia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
AMARAL, Márcia Franz. Os testemunhos de catástrofes nas revistas brasileiras: do medo individual à paternização midiática. Contracampo, v. 26, p. 71-86, 2013.
BARROS FILHO, Clóvis de. Ética na comunicação. 6. ed. São Paulo: Summus, 2008.
BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010.
BELMONTE, Roberto Villar. A construção do discurso da economia verde na revista Página 22. 2015. 179 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Informação) – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, UFRGS, Porto Alegre, 2015.
BELTRÃO, Luiz. Iniciação à Filosofia do Jornalismo. São Paulo: Edusp, 1992.
BENETTI, Marcia. O jornalismo como acontecimento. In: ______; FONSECA, Virginia Pradelina da Silveira (Org.). Jornalismo e acontecimento: mapeamentos críticos. Florianópolis: Insular, 2010. p.143-164.
______. Revista e jornalismo: conceitos e particularidades. In: TAVARES, Frederico de Mello Brandão; SCHWAAB, Reges. (Org.). A revista e seu jornalismo. Porto Alegre: Penso, 2013. p. 44-57.
CAMANA, Ângela. Discursos sobre a Revolução Biotecnológica: Sentido e memória em textos da Globo Rural. 2015. 168 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Informação) – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, UFRGS, Porto Alegre, 2015.
CELULOSE Riograndense é parceira na preservação da história do povo gaúcho e brasileiro. CELULOSE RIOGRANDENSE. 2015. Disponível em: http://www.celuloseriograndense.com.br/noticias/celulose-riograndense-e-parceira-na-preservacao-da-historia-do-povo-gaucho-e-brasileiro. Acesso em: 20 de maio de 2017.
CORNU, Daniel. Jornalismo e verdade: para uma ética da informação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999.
DOUGLAS, Mary; WILDAVSKY, Aaron. Risco e cultura: um ensaio sobre a seleção de riscos tecnológicos e ambientais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
FEITOSA, Sara Alves; ALVES, Giseli Pereira. Os enquadramentos de uma cobertura: tragédia de Mariana. Vozes e Diálogo, v. 16, p. 5-18, 2017.
FERMENT, Gilles. Análise de risco das plantas transgênicas: princípio da precaução ou precipitação? In: ZANONI, Magda; FERMENT, Gilles. Transgênicos para quem?: Agricultura, Ciência e Sociedade. Brasília: MDA, 2011. p. 93-138.
FRANÇA, Vera. O acontecimento e a mídia. Galaxia, São Paulo, n. 24, p. 10-21, dez. 2012. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/12939. Acesso em: 25 jul. 2016.
GARCIA, Ricardo. Sobre a terra: um guia para quem lê e escreve sobre ambiente. Lisboa: Público, 2006.
GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991.
GUIVANT, Julia. Contribuições da Sociologia Ambiental para os debates sobre desenvolvimento rural sustentável e participativo. Estudos Sociedade e Agricultura, n. 19, p. 72-88, out. 2002.
INGLEHART, Ronald. Public support for environmental protection: objective problems and subjective values in 43 societies. Political Science & Politics, v. 28, n. 1, p. 57-72, 1995. https://doi.org/10.1017/S1049096500056080
KASPERSON, Roger E.; RENN, Ortwin; SLOVIC, Paul; BROWN, Halina S.; EMEL, Jacque; GOBLE, Robert; KASPERSON, Jeanne X.; RATICK, Samuel. The social amplification of risk: a conceptual framework. Risk Analysis, v. 8, n. 2, p. 177-187, 1988.
KITZINGER, Jenny; REILLY, Jacquie. Ascensão e queda de notícias de risco. Coimbra: Edições Minerva Coimbra, 2002.
LIMA, Maria Luísa Pedroso de. Factores sociais na percepção de risco. Revista da Associação Portuguesa de Psicologia, v.12, n. 1, p. 11-28, 1998.
______. Percepção de Riscos Ambientais. In: SOCZKA, Luis (Org.). Contextos humanos e psicologia ambiental. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005. p.203-245.
LOOSE, Eloisa Beling. Riscos climáticos no circuito da cobertura local: percepção, comunicação e governança. 2016. 455 f. Tese (Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento). Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento, UFPR, Curitiba, 2016.
LOOSE, Eloisa Beling; CAMANA, Ângela. Reflexões sobre o papel do Jornalismo Ambiental diante dos riscos da sociedade contemporânea. Observatorio (OBS*) Journal, v. 9, n. 2, p. 119-132, 2015.
MEDITSCH, Eduardo. Jornalismo e construção social do acontecimento. In: BENETTI, Marcia; FONSENCA, Virginia Pradelina da Silveira (Org.). Jornalismo e acontecimento: mapeamento críticos. Florianópolis: Insular, 2010. p. 19-42.
MCCOMBS, Maxwell. A teoria da agenda: a mídia e a opinião pública. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
MELO, Itamar. Fábrica de Guaíba preocupa ambientalistas e moradores. Zero Hora. 2015. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2015/07/fabrica-de-guaiba-preocupa-ambientalistas-e-moradores-4808922.html. Acesso em: 20 maio 2017.
QUÉRÉ, Louis. Entre facto e sentido: a dualidade do acontecimento. Trajectos. Revista de Comunicação, Cultura e Educação, Lisboa, n. 6, p. 59-75, 2005.
ROTONDARO, Tatiana Gomes. Diálogos entre Bruno Latour e Ulrich Beck: Convergências e divergências. Civitas, v. 12, n. 1, p. 145-160, jan./abr. 2012.
SILVA, Gislene. Para pensar critérios de noticiabilidade. In: SILVA, Gislene; SILVA, Marcos Paulo da; FERNANDES, Mario Luiz (orgs.). Critérios de noticiabilidade: problemas conceituais e aplicações. Florianópolis: Insular, 2014. p.51-69.
SLOVIC, Paul; FINUCANE, Melissa L.; PETERS, Ellen; MACGREGOR, Donald G. Risk as Analysis and Risk as Feelings: Some Thoughts about Affect, Reason, Risk, and Rationality. RiskAnalysis, v. 24, n. 2, p. 311-322, 2004. https://doi.org/10.1111/j.0272-4332.2004.00433.x
TRAQUINA, Nelson. Jornalismo. Lisboa: Quimera, 2002.
______. Teorias do jornalismo: porque as notícias são como são. V.1. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2005.
VEYRET, Yvette. Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007.
WAHLBERG, Anders; SJOBERG, Lennart. Risk perception and the media. Journal of Risk Research, v. 3, n. 1, p. 31-50, 2000. https://doi.org/10.1080/136698700376699
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.