Look who is talking!

Tensions between visibility and audibility in digital child protagonism

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.43240

Keywords:

young youtubers, visibility and childhood, children’s voices, child protagonism

Abstract

This article stems from broader research that looks at how online news content frames the visibility of child Youtubers. The general proposal is to understand to what extent digital child protagonism makes children’s voices more audible in terms of their generational demands in the public debate. To this end, the investigation presents a content analysis applied to a sample of 52 news published on Brazilian internet pages, between 2017 and 2019. The partial results indicate that the analyzed articles recognize children as subjects and actors of a social dynamic. However, the subjects on the agenda tend to link their voices to social markers strongly aligned with neoliberal values, restricting this coverage to aspects such as fame and wealth.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Renata Tomaz, Fundação Getulio Vargas (FGV), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Doutora e mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; professora adjunta da Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; pesquisadora pós-doc do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, RJ, Brasil.

References

ANDRADE, Marcelo; CASTRO, Gisela. Youtubers mirins e os vídeos unboxing: uma reflexão sobre a criança conectada nas tramas da publicidade contemporânea. Mídia e Cotidiano, Niteroi, v. 14, n. 1, p. 96-116, 2020. DOI: https://doi.org/10.22409/rmc.v14i1.38458

ARAÚJO, Clara de Melo. O YouTube como um lugar possível para se pensar as infâncias. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.

ARIÈS, Phillippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

BRAGAGLIA, Ana Paula; FERREIRA, Andre Luis do Nascimento. Os youtubers mirins e a felicidade através do consumo. Temática, [S. l.], v. 12, n. 12, p. 57-73, 2016.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de Julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990a.

BRASIL. Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990. Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança. Brasília, DF: Presidência da República, 1990b.

CANELA, Guilherme. Jornalismo, Agendamento e a Construção de uma Esfera Pública de Discussões sobre a Infância e Adolescência: a experiência da agência de notícias dos direitos da infância. In: SAMPAIO et al. (ed.). Mídia de Chocolate. Rio de Janeiro: E-Papers, 2006. p. 33-46.

COHN, Clarice. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

COHN, Clarice. Concepções de infância e infâncias. Um estado da arte da antropologia da criança no Brasil. Civitas, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 221-244, 2013. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2013.2.15478

CORSARO, William. The sociology of childhood. Los Angeles: Sage: Pine Forge Press, 2011.

COSTA, Conceição. Media objects and pre-teens’ expressions of identities. In: ECREA, 5., 2014, Lisboa. Anais […]. Lisboa: Universidade Lusofona, 2014.

COULDRY, Nick. Media Rituals: a critical approach. London: Routledge, 2003.

D’ANDRÉA, C. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. Salvador: EDUFBA, 2020.

DELEUZE, Gilles. O que é dispositivo. In: DELEUZE, Gilles. O mistério de Ariana. Lisboa: Editora Veja, 1996. p. 83-96.

DORETTO, Juliana; FURTADO, Taís. A “invasão” das crianças no discurso jornalístico: a representação não desejada da infância. E-Compós, [S. l.], v. 21, n. 2, 2018. DOI: https://doi.org/10.30962/ec.1471

FANTIN, Monica. Múltiplas faces da infância na contemporaneidade: consumos, práticas e pertencimentos na cultura digital. Educação Pública, [S. l.], v. 25, n. 59/2, p. 596-617, 2016.

FANTIN, Monica; GIRARDELLO, Gilka. Diante do abismo digital: mídia-educação e mediações culturais. Perspectiva, [S, l.], v. 27, n. 1, 2009. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-795X.2009v27n1p69

FULLERTON, Romayne Smith. Covering kids: are journalists guilty of exploiting children? Journalism Studies, [S. l.], v. 5, n. 4, p. 511-524, 2004. DOI: https://doi.org/10.1080/14616700412331296437

FURTADO, Thaís; DORETTO, Juliana. Criança cidadã? Os manuais de redação e as orientações sobre infância e adolescência. Mídia e Cotidiano, Niteroi, v. 14, n. 1, 2020. DOI: https://doi.org/10.22409/rmc.v14i1.38436

GOONASEKERA, Anura. Children in the News: an examination of the portrayal of children in television and newspapers in 13 Asian countries. Singapura: MCRAI Centre, 2001.

GORSHKOVA, Natalia; ROBAINA-CALDERÍN, Lorena; MARTÍN-SANTANA, Josefa. Native advertising: ethical aspects of kid influencers on YouTube. In: PELEGRÍN-BORONDO, Jorge et al. (ed.). ETHICOMP, Paradigm Shifts in ICT Ethics, 2020. Proceeding […]. Logroño: Universidade de La Rioja, 2020. p. 169-171.

GUIZZO, Bianca; MELO, Darcyane. Infância YouTuber: problematizando representações de crianças inseridas na cultura de sucesso. Série-Estudos, [S. l.], v. 24, n. 50, p. 121-140, 2019.

JAMES, Allison; JAMES, Adrian. Key concepts in childhood studies. London: Sage, 2012. DOI: https://doi.org/10.4135/9781526435613

JIMÉNEZ, Antonio; GARCÍA, Beatriz; AYALA, María Cruz. Adolescents and YouTube: creation, participation and consumption. Prismasocial, [S. l.], n. 1, p. 60-89, 2016.

LIMA, Antonia Nirvana; FREITAS, Flávia; COVALESKI, Rogerio. Narrativas terapêuticas e inspiracionais de influenciadores digitais mirins: o Instagram de Bettina e Céline. In: COMUNICON, ENCONTRO DE GTS DE PÓS-GRADUAÇÃO, 8., 2021, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: ESPM, 2021.

LIVINGSTONE, Sonia; BRAKE, David. On the rapid rise of social networking sites: new findings and policy implications. Children & Society, [S. l.], n. 24, p. 75-83, 2010. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1099-0860.2009.00243.x

MARÔPO, Lídia. Jornalistas e fontes de informação: constrangimentos e oportunidades para o agendamento dos direitos das crianças em Portugal e no Brasil. Estudos em Comunicação, [S. l.], n. 9, p. 81-102, 2011.

MARÔPO, Lídia. Crianças como fontes de informação: um desafio de inclusão do jornalismo. Vozes e diálogos, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 5-17, 2015.

MARÔPO, Lídia; SAMPAIO, Inês; MIRANDA, Nut. Meninas no YouTube: participação, celebrização e cultura do consumo. Revista Estudos em Comunicação, [S. l.], v. 26, n. 1, p. 175-195, 2018. DOI: https://doi.org/10.20287/ec.n26.v1.a10

MAUSS, Marcel. As técnicas corporais. Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974.

MELO, Darcyane; GUIZZO, Bianca. Infância youtuber: problematizando representações de crianças inseridas na cultura de sucesso. Série-Estudos, [S. l.], v. 24, n. 50, p. 121-140, 2019. DOI: https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v24i50.1162

MONTEIRO, Maria Clara. Crianças e Consumo Digital: A Publicidade de Experiência na Era dos Youtubers. Curitiba: Appris, 2020. DOI: https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37995

MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, [S. l.], v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.

NIC.BR (Núcleo da Informação e Coordenação do Ponto BR). Pesquisa sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes no Brasil: TIC Kids Online Brasil, ano 2021. São Paulo: Cetic.br, 2022.

NIC.BR (Núcleo da Informação e Coordenação do Ponto BR). Pesquisa sobre o uso da Internet por crianças e adolescentes no Brasil: TIC Kids Online Brasil, ano 2019. São Paulo: Cetic.br, 2020.

OSWELL, David. Yet to come? Globality and the sound of an infant politics. Radical Politics Today, [S. l.], p. 1-18, 2009. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230251144_1

OTHON, Renata. O consumo e a partilha de conteúdos entre pré-adolescentes: lógicas de celebrização e visibilidade nas mídias sociais. In: SILVEIRA, Patrícia; MORAIS, Rodrigo; DIAS, Joana. (org.). As gerações dos ecrãs: práticas e experiências relacionadas com o online. Lisboa: Edições IADE, 2021. p. 103-128.

OTHON, Renata; COELHO, Maria das Graças. Infância capitalizada nos processos comunicacionais em rede: estudo exploratório sobre o consumo midiático de crianças entre 10 e 12 anos. Mídia e Cotidiano, Niteroi, v. 14, n. 1, p. 74-95, 2020. DOI: https://doi.org/10.22409/rmc.v14i1.38421

PAOLILLO, J. et al. YouTube Children’s Videos: Development of a Genre under Algorithm. In: HAWAII INTERNATIONAL CONFERENCE ON SYSTEM SCIENCES, 53., 2020, Honolulu. Proceedings [...]. Honolulu: University of Hawai’i at Manoa, 2020. p. 2751-2760. DOI: https://doi.org/10.24251/HICSS.2020.336

PEROVIC, Jelena. Media Literacy in Montenegro. Media and Communication, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 91-105, 2015. DOI: https://doi.org/10.17645/mac.v3i4.335

PONTE, Cristina. Crianças em Notícia: a construção da infância pelo discurso jornalístico (1970-2000). Lisboa: ICS/Imprensa de Ciências Sociais, 2005.

PONTE, Cristina (ed.). Crianças e Jovens em Notícia. Lisboa: Livros Horizonte, 2009.

PRIMO, Alê; MATOS, Ludimila; MONTEIRO, Maria Clara. Dimensões para o estudo dos influenciadores digitais. Salvador: EDUFBA, 2021.

QVORTRUP, Jens. Infância e política. Cadernos de Pesquisa, [S. l.], v. 40, n. 141, p.777-792, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000300006

QVORTRUP, Jens. Visibilidades das crianças e da infância. Linhas Críticas, [S. l.], v. 20, n. 41, p. 23-42, 2014. DOI: https://doi.org/10.26512/lc.v20i41.4250

ROBERTO, Magda; FIDALGO, Antonio; BUCKINGHAM, David. De que falamos quando falamos de infoexclusão e literacia digital? Perspetivas dos nativos digitais. Observatorio Journal, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 43-54, 2015. DOI: https://doi.org/10.15847/obsOBS912015819

ROGERS, Richard. Engajados de outra maneira: as mídias sociais - das métricas de vaidade à análise crítica. In: OMENA, Jann. Métodos digitais: teoria-prática-crítica. Lisboa: ICNova, 2019. p. 73-98.

SAMPAIO, Inês; PEREIRA, Georgia; CAVALCANTE, Andrea. Crianças youtubers e o exercício do direito à comunicação. Cadernos Cedes, [S. l.], v. 41, n. 113, p. 14-22, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/cc231374

SARMENTO, Manuel Jacinto. Visibilidade social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, Vera; SARMENTO, Manuel Jacinto (org.). Infância invisível. Araraquara: Junqueira & Marin Editores, 2007. p. 25-49.

SCHECHNER, Richard. What is performance? In: SCHECHNER, Richard. Performance Studies. New York & London: Routledge, 2006. p. 28-51.

SIROTA, Régine. Emergência de uma sociologia da infância: evolução do objeto e do olhar. Cadernos de Pesquisa, [S. l.], v. 112, n. 2, p. 7-31, 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742001000100001

SHAW, Ping; TAN, Yue. Constructing digital childhoods in Taiwanese children’s newspapers. New Media and Society, [S. l.], v. 17, n. 11, p. 1867-1885, 2015. DOI: https://doi.org/10.1177/1461444814535193

STEARNS, Peter. A infância. São Paulo: Contexto, 2006. THOMPSON, John B. A nova visibilidade. Matrizes, [S. l.], n. 2, p. 15-38, 2008.

THOMPSON, John. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1995.

TOMAZ, Renata. YouTube, infância e subjetividades: o caso Julia Silva. ECCOM, [S. l.], v. 8, n. 16, p. 43-54, 2017.

TOMAZ, Renata. O que você vai ser antes de crescer? Youtubers, infância e celebridade. Salvador: EDUFBA, 2019.

VAN DIJCK, Jose. The culture of connectivity: a critical history of social media. New York: Oxford, 2013. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199970773.001.0001

ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2021.

Published

2023-04-13

How to Cite

Tomaz, R. (2023). Look who is talking! Tensions between visibility and audibility in digital child protagonism. Revista FAMECOS, 30(1), e43240. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.43240

Issue

Section

Cyberculture