Das formas de repetição: a serialidade na cultura pós-moderna

Autores

  • Eliana Pibernat Antonini Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.1998.9.3020

Palavras-chave:

Comunicação, semiótica, repetição

Resumo

A repetição é de um processo de cultura de massa. Num artigo célebre, Walter Benjamin teoriza a questão a partir da análise que Karl Marx faz do modo de produção capitalista. A reprodução, entendida como dialética, é o ponto de partida para a construção de uma teoria materialista da arte, onde se aborda a noção de “aura”. Afirma o teórico que, com o progresso, as técnicas para reproduzir o objeto artístico se aprimoram de tal modo, a ponto de quase dissolver a imagem original. A obra, excluída da esfera do sagrado e da atmosfera aristocrática e religiosa, deixa de ser objeto de culto e adoração para se tornar mero produto manipulável e manipulador. Isto implica na perda de sua “aura” e na revelação implícita das ingerências sociais resultante da estreita relação entre as transformações técnicas da sociedade e mudanças na percepção estética.

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Biografia do Autor

Eliana Pibernat Antonini, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Professora da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

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Publicado

2008-04-10

Como Citar

Pibernat Antonini, E. (2008). Das formas de repetição: a serialidade na cultura pós-moderna. Revista FAMECOS, 5(9), 144–149. https://doi.org/10.15448/1980-3729.1998.9.3020

Edição

Seção

Artigos