A categoria Video of the Year do VMA como construtora das convenções do videoclipe
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2017.1.24311Palavras-chave:
Videoclipe, Audiovisual, ComunicaçãoResumo
O artigo pretende compreender de que maneira uma categoria de premiação atua na consolidação das características estruturais do videoclipe. Para tanto, a proposta é analisar os 30 primeiros vencedores (1984-2014) da categoria Video of the Year, do Video Music Awards (VMA), a mais importante premiação do videoclipe, no intuito de perceber convenções que a premiação ajudou a consolidar. Como argumento central, considera-se que a categoria é um elemento fundamental do desenvolvimento do videoclipe especialmente em duas frentes: 1) ela potencializa que o videoclipe seja percebido como produto artístico e 2) ajuda a naturalizar características relacionadas à linguagem do gênero. Contudo, essa consolidação acontece através de variadas estratégias executadas pela MTV, criadora da premiação, visando a sua própria legitimação.
Downloads
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Questões de Literatura e de Estética: A Teoria do Romance. São Paulo: Editora UNESP, 1998.
BANKS, Jack. Monopoly Television: MTV’s Quest to Control the Music. Colorado: Westview Press, 1996.
BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte: gênese e estrutura do campo literário. Lisboa: Presença, 1996.
BURGESS, Jean; GREEN, Joshua. YouTube e a revolução digital: Como o maior fenômeno da cultura participativa está transformando a mídia e a sociedade. São Paulo: Aleph, 2009.
DENISOFF, R. Serge. Inside MTV. New Brunswick: Transaction Publishers, 1988.
ELIAS, Norbert. Mozart: Sociologia de um Gênio. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
ENGLISH, James. The Economy of Prestige: Prizes, Awards, and The Circulation of Cultural Value. Cambridge: Harvard University Press, 2005. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4159/9780674036536
Acesso em: 23 nov. 2015.
FERNANDES JUNIOR, Aroldo Santos. Eu Venho Perdendo Você: O Desaparecimento nos Vídeos-Performance “Madimoizele Gessyu – Sorte” e “Single Man Dances to Single Ladies”. Revista Gambiarra, Rio de Janeiro, n. 4, p. 15-21, 2012.
FRITH, Simon. Performing Rites: on the value of popular music. Cambridge/ Massachusetts: Harvard University Press, 1996.
GOODWIN, Andrew. Dancing in the Distraction Factory: Music Television and Popular Music. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1992.
HOLZBACH, Ariane Diniz. Smells Like Teen Spirit: a consolidação do videoclipe como gênero áudio-visual. Tese (Doutorado em Comunicação Social). Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2013.
______. O Video Music Awards e a consolidação do videoclipe como gênero. Revista Fronteiras, São Leopoldo, v. 16, n. 2, p. 91-103, maio/agosto 2014. Disponível em: http://goo.gl/nINbYF
Acesso em: 9 jun. 2016.
KAPLAN, Elizabeth Ann. Rocking Around The Clock: Music Television, Postmodernism and Consumer Culture. London: Methuen, 1987.
LIESENBERG, Susan. O processo de celebrificação na internet: O caso de Stefhany do Crossfox. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Informação). Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2012.
WATSON, Mary; ANAND, N. Award ceremony as an arbiter of commerce and canon in the popular music industry. Popular Music, Cambridge, v. 25, n. 1, p. 41-52, jan. 2006. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1017/S0261143005000747
Acesso em: 10 jun. 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Famecos implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Famecos como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.