Schutz, Sheherazade e o homem da rua: revisitando aspectos do jornalismo como construtor da realidade.
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2015.4.20521Palavras-chave:
Jornalismo, Schutz, SheherazadeResumo
Este artigo associa revisão de natureza conceitual acerca do jornalismo como construtor da realidade a uma discussão sobre a noção de Alfred Schutz (1976) de distribuição social do conhecimento. A partir dos três tipos ideais esboçados por Schutz - o especialista, o cidadão bem informado e o homem da rua – tomou-se para análise o episódio midiático em que a jornalista Raquel Sheherazade, do SBT, teceu comentários acerca de ação de populares no Rio de Janeiro, que amarraram a um poste de rua um rapaz suspeito de ter cometido furtos. A apresentadora afirmou que a ação dos “vingadores” era compreensível e que, dada a falência da segurança pública no Brasil, o cidadão tem que se defender por conta própria. O fato gerou grande repercussão nas redes sociais digitais e trouxe à tona mais uma vez os debates acerca dos limites da ética e da opinião no jornalismo.Downloads
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