Cartas cristãs como mídia comunitária: o que Paulo de Tarso pode ensinar sobre comunicação popular?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2015.4.20241Palavras-chave:
Mídia comunitária, Cartas cristãs, Teorias do JornalismoResumo
É possível indicar aspectos de mídia comunitária nas cartas cristãs do apóstolo Paulo de Tarso? Quais elementos possibilitam compreender e discutir alguma perspectiva de interesse coletivo e comunitário nas epístolas que ganharam o mundo, mais de 20 séculos depois de elaboradas? Este é o objetivo reflexivo do presente texto. Para isso, além dos conceitos de comunicação comunitária, e uma contextualização do cenário em que as cartas paulinas foram produzidas e divulgadas, o texto trabalha com as referências conceituais do Jornalismo apresentadas por Tobias Peucer (2004) e Otto Groth (1966). Para além de uma agenda de temas voltados aos interesses dos grupos com que dialogava, as cartas do apóstolo cristão desempenhavam um papel pedagógico e reflexivo para as respectivas comunidades a que os escritos eram dirigidos. Elementos revelam que o hábito de enviar cartas, deste modo, também ajudava concretamente na função – militante, religiosa e comunitária – do apóstolo. O debate conceitual aqui apresentado não visa qualquer apologia dogmática/proselitista, mas antes uma reflexão associativa com uma das marcas tradicionais do Jornalismo: o interesse coletivo, sempre buscado nas produções editoriais, sejam estas para qual segmento ou grupo social a que são destinadas.
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