Prevalência de fatores relacionados à fragilidade e mobilidade física de pessoas idosas com doenças cardíacas
um estudo transversal em segmento ambulatorial
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2023.1.44836Palavras-chave:
pessoa idosa, fragilidade, doença cardiovascular, vulnerabilidade, desempenho funcional.Resumo
Introdução: a fragilidade é uma síndrome multifatorial de condições biológicas, psicológicas e sociais que predispõe a pessoa idosa a declínio da funcionalidade e maior suscetibilidade à vulnerabilidade. Tal condição pode ser agravada naquelas que apresentam comorbidades, destacando-se as cardiopatias.
Objetivo: conhecer a prevalência de fatores relacionados à fragilidade e à mobilidade física, bem como a correlação entre esses indicadores em pessoas idosas em segmento ambulatorial.
Casuística e método: estudo transversal com uma abordagem exploratória, descritiva e quantitativa que avaliou um grupo de pessoas idosas com cardiopatias crônicas, de ambos os sexos, com idade ≥60 anos em acompanhamento em um ambulatório de cardiologia. Os participantes foram separados de acordo com a classificação de fragilidade física de Fried e avaliadas a mobilidade física pelo Timed Up and Go (TUG), a força muscular por meio da força de preensão manual (FPM), quantidade muscular dos músculos da panturrilha através da circunferência de panturrilha (CP) e a fragilidade multidimensional com o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20). A prevalência foi investigada por meio de frequência relativa e absoluta e, para as análises de correlação, o teste de Spearman foi utilizado.
Resultados: a mediana da idade da amostra foi de 73 anos; 41 (61,2%) eram frágeis, 17 (25,4%) pré-frágeis; e 9 (13,4%) não frágeis. Com relação à mobilidade física, o grupo de frágeis apresento u fraqueza muscular FPM 15,3 kgf (1,6 – 33,3) e maior tempo necessário no TUG 16,3s (8,8 – 50,0). Há evidências de que exista correlação entre o IVCF-20 x TUG (p= <0,001; r=0,580), além de correlação negativa entre FPM x TUG (p= <0,001; r= -0,434) e IVCF-20 x FPM (p= <0,001; r= -0,378).
Conclusão: há prevalência de fragilidade física em pessoas idosas cardiopatas em acompanhamento ambulatorial. As medidas de mobilidade se correlacionam entre si.
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