As possibilidades e limitações da representação do tempo em conto de Graciliano Ramos

Autores

  • Edson Ribeiro da Silva Uniandrade

Palavras-chave:

tempo, narrativa, Graciliano Ramos, Bergson, Heidegger

Resumo

Tanto a filosofia como a literatura buscaram, ao longo do último século, a superação do tempo convencional, coletivo, em direção ao tempo do mundo, ou da consciência. A preocupação deu origem a diversas técnicas literárias que tentam representar o tempo. É comum que se vinculem essas técnicas a Bergson, mesmo o filósofo francês tendo demonstrado a impossibilidade da representação consciente do tempo real. Heidegger também insistia na necessidade de superação de um tempo convencionado para se chegar ao tempo efetivo das coisas. Graciliano Ramos empreende, no conto “O relógio do hospital”, uma experiência de monólogo interior que busca representar esse tempo efetivo, mas que acaba por ilustrar a natureza irrepresentável deste, já apontada por Ricoeur. Essa impossibilidade faz com que a literatura crie novos mecanismos de representação, apoiados na relação contratual com o leitor.

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Biografia do Autor

Edson Ribeiro da Silva, Uniandrade

Professor do curso de mestrado em Teoria da Literatura da Uniandrade, Curitiba, Paraná. Doutor em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2014-05-31

Como Citar

Ribeiro da Silva, E. (2014). As possibilidades e limitações da representação do tempo em conto de Graciliano Ramos. Letrônica, 6(2), 617–641. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/letronica/article/view/14702