Mulheres, História e Literatura
Reflexões sobre a representação feminina em diferentes momentos da obra de Pepetela
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2021.3.39052Palavras-chave:
Representação Feminina, Pós-Colonial, Pós-Moderno, Pepetela, Metaficção HistoriográficaResumo
A metaficção historiográfica, como tratado por Linda Hutcheon (1991) em Poética do pós-modernismo, é o tipo de produção mais utilizada no âmbito pós-moderno, trazendo a mescla entre história e ficção, retomando o passado de maneira irônica e não nostálgica. Assim, observa-se uma escrita marcada pela presença da interface literatura e história, que contempla tanto a estratégia pós-moderna quanto a estratégia pós-colonial de produção. Ademais, é comum às obras de ambos, a representação do individuo subalterno, ou como coloca Linda Hutcheon, do ex-cêntrico. Pensando nisso, o artigo que se segue, visa analisar duas obras angolanas escritas por Pepetela, A geração da utopia (1992) e Se o passado não tivesse asas (2016), a partir das questões relacionadas ao pós-moderno e ao pós-colonial, observando a interface entre o literário ou o ficcional e a história, e a representação do subalterno, nesse caso a figura feminina.
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