Memória e dimensões discursivas: a memória como desocultação da temporalidade

Autores

  • Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira Universidade Federal do Tocantins

Palavras-chave:

Memória, Semiótica, Filosofia da Linguagem, Poesia

Resumo

 

Resumo: A memória é aqui apresentada como deiscência da percepção, sendo o conceito de deiscência arquitetado em sua dimensão fenomenológica, ou seja, como abertura ou encontro criativo que possibilita a existência do duplo. E é essa memória, concebida inseparável do modo de existência de cada formação textual, que, dependendo de cada dimensão discursiva que a tenha gerado, apresentará repertórios, ou conjuntos harmônicos de interpretantes, diferentes. A memória é, destarte, ideada em seu modo, ou forma, nobre: aquele concebido pelo Espírito Selvagem e pelo Ser Bruto (conceitos da obra de Merleau-Ponty); é, assim, a historicidade da vida, que capta as formações discursivas como excesso do que se queria fazer, dizer e pensar, excesso que abre aos outros a possibilidade de retomada e de criação. O corpus para análise foi composto por textos de Hilda Hilst, principalmente os encontrados em Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão; e o exame teve como substrato epistemológico a Semiótica Discursiva; o norte teórico deste trabalho é composto, ainda, pela Fenomenologia – Bergson, Husserl e Merleau-Ponty.

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Biografia do Autor

Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins

Bacharel em Arquitetura e Urbanismo (UniSantos) Bacharel em Letras - Grego/Português (USP) Licenciado em Letras - Português (USP) Mestre e Doutro em Letras Clássicas (USP) Professor de Latim, Filologia Românica, Gramática Histórica e Gramática Normativa da Universidade Federal do Tocantins

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Publicado

2014-05-31

Como Citar

Oliveira, L. R. P. F. de. (2014). Memória e dimensões discursivas: a memória como desocultação da temporalidade. Letrônica, 6(2), 767–781. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/letronica/article/view/14497