Cicatrizes da memória: fotografias de desaparecidos políticos em acervos de museus
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2015.1.20716Palavras-chave:
Museus de memória, fotografia, direitos humanos.Resumo
A partir das relações entre imagem e presentificação, o texto analisa os sentidos que os retratos de vítimas das ditaduras apresentam quando são instituídos como acervos museológicos. Na análise, consideram-se dois aspectos: a condição documental da fotografia e o processo de musealização do documento ao ser exposto. A trama da análise centra-se nos conceitos de memória. Por meio deles, verifica-se um campo de relações em que o apelo ao sentido temporal da indissociabilidade passado-presente e a expressão de uma violência inesquecível somam-se na figuração de certa continuidade. Desse modo, entende se a fotografia como uma prática discursiva que, no lugar museu (instituição de memória), instala-se como cicatriz: uma marca de sofrimento.
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