Barroco, Modernidad, subjetividad y deseo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7726.2024.1.44509

Palabras clave:

Barroco, Modernidad, literatura, subjetividad, mímesis

Resumen

Hansen (2013) sostiene la idea de que la literatura producida por lo que convencionalmente se denomina barroco debe entenderse ante todo desde la “institución retórica” y la “mímesis que emula modelos de autoridades” (HANSEN, 2013, p. 53), procedimientos artísticos que prevalecieron a lo largo de los siglos XV y XVI y que sirvieron de base tanto para la creación poética como para su valoración. El crítico acusa al romanticismo de haber condicionado anacrónicamente nuestra comprensión del barroco a una condición estético-subjetiva de la que intuimos que el origen de la forma barroca sería la existencia de un sujeto barroco. Sin desconocer la existencia e importancia de estos procedimientos, partimos, como Riegl (2014), de la idea de que diferentes formas artísticas revelan diferentes voluntades artísticas. Como voluntad artística entendemos todo lo que implica una época y una cultura en su sentido más complejo. La compresión de un estilo y los contrastes que instituye en relación con su antecesor revelan condiciones subjetivas y existenciales específicas; diferentes concepciones del arte, la forma y la cultura; complejas intenciones individuales, sociales, políticas y filosóficas. Las diferencias entre las formas del Renacimiento y el Barroco, por ejemplo, existen porque los temas y las culturas que las engendraron también difieren. La obra de arte expresa la actitud espiritual del artista hacia el mundo y su tiempo. El objetivo de este trabajo es demostrar que la estética barroca, además de ser la primera manifestación artística de una condición moderna, la individualidad, puede ser tomada como un movimiento situado específicamente en la historia, pero también como un paradigma estético-subjetivo capaz de mimetizarse formalmente. esta nueva condición subjetiva y moderna de sujeto individualizado, estructurado simultáneamente desde la carencia y el deseo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Eduardo Melo França, Universidad Federal de Pernambuco

Doctorado en teoría literaria por el Programa de Posgrado en Letras de la UFPE. Profesor del Departamento de Letras de la Universidad Federal de Pernambuco.

Citas

ANDRADE, Oswald. Marco zero I - revolução melancólica. São Paulo: Biblioteca Azul, 2006.

ASSIS, J. M. Machado de. Obras completas. Volumes 1, 2, e 3. Rio de Janeiro: Ed. Nova Aguilar, 1997.

ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco I: uma linguagem a das cortes, uma consciência a dos luces. São Paulo: Perspectiva, 2012.

BAUDELAIRE, Charles. Oeuvres complètes. Paris: Gallimard, 1961.

BENJAMIN, Walter. Origem do drama trágico alemão. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

CAMÕES, Luís de. Lírica. São Paulo: Cultrix, 1981.

CERVANTES, M. de. Don Quijote. Dir. Francisco Rico. Barcelona: Crítica/Instituto Cervantes, 1998.

CROCE, Benedetto. Storia dell’età barocca in Italia. Milão: Feltrinelli, 1993.

DELEUZE, Gilles. A dobra: Leibniz e o barroco. Tradução: Luiz B. L. Orlandi. Campinas, SP: Papirus, 6ª ed. 2012.

DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado.

Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020.

D’ORS, Eugene. Lo Barroco. Madrid: Editorial Tecnos, 1993.

ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. Trad. Giovanni Cutolo. São Paulo: Perspectiva, 2005.

FIGUEIREDO, Luís Cláudio Mendonça. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação: 1500-1900. São Paulo: Escuta, 2017.

HANSEN, João Adolfo. Romantismo & Barroco. Teresa: Revista de Literatura Brasileira, n. 12/13, p. 50-64, 2013.

HANSEN, João Adolfo. Sátira e o engenho: um estudo da poesia barroca atribuída a Gregório de Matos Guerra – Bahia – 1682-1694. 1988. Tese (Doutorado em Literatura Brasileira) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988.

HATZFELD, Helmut Anthony. Estudos sobre o Barroco. Trad. Célia Berretini. São Paulo: Perspectiva, 2002.

HOLANDA, Lourival. A linguagem da história. Revista Outra Travessia. Florianópolis, n. 2, 2004. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/13144/12193. Acesso em: 13 fev. 2023.

LACAN, Jacques. O Seminário, livro XX: Mais, ainda. Trad. M. D. Magno. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985.

LAFUENTE- FERRARI, Enrique. La interpretación del Barroco y sus valores españoles. Boletín del Seminario de estudios de Arte y Arqueología, VII, p. 13-66. 1942.

LINS, O. Avalovara São Paulo: Melhoramentos, 1973.

LUKÁCS, Georg. A teoria do romance: um ensaio histórico-filosófico sobre as formas da grande épica. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2000.

MERQUIOR, José Guilherme. Gênero e estilo nas Memórias póstumas de Brás Cubas. In: ASSIS, Machado de. Obra completa em quatro volumes. v. 1. São Paulo: Aguilar, 2008.

NIETZSCHE, Friedrich. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

NUNES, Benedito. A Visão Romântica. In: GUINSBURG, J. O Romantismo. São Paulo: Perspectiva, 2008.

RABELAIS, François. Pantagruel e Gargântua. Obras Completas - 1. Organização, tradução, apresentação e notas: Guilherme Gontijo Flores. Ilustração: Gustavo Doré. São Paulo: Editora 34, 2021.

REGO, Enylton de Sá. O calundu e a panacéia: Machado de Assis, a sátira menipéia e a tradição luciânica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

RIEGL, Aloïs. O culto moderno dos monumentos: a sua essência e a sua origem. Trad. Werner Rothschild Davidsohn e Anat Falbel. São Paulo: Perspectiva, 2014.

ROCHA, João Cezar de Castro. Machado de Assis: por uma poética da Emulação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

ROUANET, Sérgio Paulo. Riso e melancolia. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SCHILLER, Friedrich von. Sobre o patético. In: LOBO, Luiz (tradução, organização e notas). Teorias poéticas do Romantismo. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.

SCHLEGEL, Friedrich. Conversa sobre a poesia e outros fragmentos. Trad. Victor-Pierre Strinimann. São Paulo: Iluminuras, 1994.

SHAKESPEARE, William. Hamlet. Tradução Millôr Fernandes. Porto Alegre: LP&M [1998] 2012.

STERNE, Lawrence. A vida e as opiniões do cavaleiro Tristran Shandy. Tradução, introdução e notas: José Paulo Paes. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

TASSO, Torquato. Jerusalém Libertada. Tradução: José Ramos Coelho. Organização, introdução e notas: Marco Lucchesi. Rio de Janeiro: Topbooks, 1998.

WELLEK, René. O conceito de Barroco na cultura literária. In: Conceitos de crítica. Introdução e organização de Stephen G. Nichols, Jr. Trad. Oscar Mendes. São Paulo: Editora Cultrix. 1963.

WÖLFLIN, Heinrich. Renascença e Barroco: estudo sobre a essência do estilo barroco e sua origem na Itália. Trad. Mari Amazonas leite de Barros. São Paulo: Perspectiva, 2012.

Publicado

2024-03-12

Cómo citar

Melo França, E. (2024). Barroco, Modernidad, subjetividad y deseo. Letras De Hoje, 59(1), e44509. https://doi.org/10.15448/1984-7726.2024.1.44509