Relação entre a capacidade funcional e mobilidade com a prática de atividade física em idosos participantes de uma associação

Autores

  • Maria Paula Iorio Moraes Universidade Federal do Ceará
  • Isabel Almeida Freire Cavalcante de Sousa Fonoaudióloga. Escolinha Toca da Criança e Centro de Estudos em Psicologia
  • Thiago Brasileiro de Vasconcelos Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2016.2.22475

Palavras-chave:

acidentes por quedas, idoso, limitação da mobilidade.

Resumo

Objetivo: Avaliar a relação entre capacidade funcional e mobilidade com a prática de atividade física em idosos participantes de uma associação.
Materiais e Métodos: Estudo do tipo transversal, realizado com um grupo de idosos frequentadores de uma Associação localizada no município de Fortaleza/CE. Os dados foram coletados através de um questionário contendo informações pessoais como sexo, idade, nível de atividade física e a ocorrência de quedas no ano anterior. Em seguida, foram avaliadas a capacidade funcional pelo questionário Brazilian Version of Multidimensional Functional Assessment (BOMFAQ) e a mobilidade por meio do teste Timed Up & Go (TUG). Para análise dos dados, foram utilizados o teste qui-quadrado e a correlação de Pearson e adotado p<0,05 como valor significativo.
Resultados: Participaram do estudo 71 idosos com média de idade de 72,42±7,06 anos, com predomínio do sexo feminino (76,1%) sendo que 43,7% afirmaram ter caído nos últimos 12 meses. Não foram encontradas diferenças significativas (p=0,494), quando comparada a prática de atividade física com os escores do BOMFAQ. Já em relação à prática de atividade física e os valores do TUG, foram observadas diferenças significativas (p=0,022), porém, com fraca correlação (r=0,310; p=0,008).
Conclusão: Foi evidenciado que os idosos frequentadores da associação apresentaram déficit para realizar atividades comprometendo a capacidade funcional, no entanto, não foram obsevadas alterações na mobilidade e risco de quedas. Ressalta-se que tais modificações foram mais prevalentes nos idosos que não praticam atividade física.

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Publicado

2016-09-14

Edição

Seção

Artigos Originais