As interfaces educação popular e EJA: exigências de formação para a prática com esses grupos sociais

Autores

  • Inês Barbosa de Oliveira

Palavras-chave:

Educação popular, educação de jovens e adultos, educação e emancipação.

Resumo

Educação popular e educação de jovens e adultos são temas que, para leigos e/ou desatentos, podem parecer idênticos. Grosso modo, a argumentação é a de que o público-alvo é o mesmo e a responsabilidade de quem se dedica a essas modalidades educativas seria, sobretudo, a de reduzir o “drama” das populações desfavorecidas que não puderam frequentar a escola no tempo certo. Essa quase imediata identificação entre a educação popular, a EJA e os processos sociais de exclusão não ocorre por acaso. No entanto, para educadores que se ocupam dessas modalidades, em que pese o fato de elas se assemelharem, inclusive em suas trajetórias históricas, não se trata do mesmo tipo de prática educativa e nem, necessariamente do “mesmo” público. O que as une é sua origem e o fato de serem, ambas, tema secundário em relação aos interesses políticoeducativos efetivamente abraçados pelos sucessivos governos do país. A identificação de problemas concretos, de origem epistemológica, política e social das propostas e práticas pedagógicas ainda não produziu novas políticas ou um reconhecimento ampliado das mudanças necessárias. Precisamos descobrir e inventar modos de agir mais próximos e compatíveis com os discursos que somos capazes de produzir, modos de fazer política e educação – popular, de jovens e adultos ou qualquer outra modalidade – que contribuam para a democracia, para a horizontalização das relações entre os diferentes grupos sociais, para a emancipação social.

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Biografia do Autor

Inês Barbosa de Oliveira

Nadja Mara Amilibia Hermann Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1C Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (1973), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1982) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995), com doutorado sanduíche na Universidade de Heidelberg. Foi professora titular de Filosofia da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul de 1997 a 2005. Coordenou o Comitê de Educação e Psicologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul no período de 2002 a 2006. Realizou estágios de pesquisa na Universidade de Heidelberg/Erziehungswissensschatliches Seminar nos anos de 1998, 1999 e 2005. Atualmente é professora adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia da educacao, racionalidade, hermenâutica, Habermas, Gadamer, ética, ética e estética. (Texto informado pelo autor)

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Como Citar

Oliveira, I. B. de. (2010). As interfaces educação popular e EJA: exigências de formação para a prática com esses grupos sociais. Educação, 33(2). Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/7334

Edição

Seção

Conferência