Textualidade, currículo e investigação

Autores

  • Érika Virgílio Rodrigues da Cunha Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Hugo Heleno Camilo Costa Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Talita Vidal Pereira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.2.19711

Palavras-chave:

Currículo. Textualidade. Discurso.

Resumo

Este artigo é resultado de uma reflexão que focaliza as formas pelas quais se tem incorporado a ideia de texto como o tecido que compõe heterogeneamente múltiplas camadas de leitura, conforme proposto por Derrida, com a apropriação de Ernesto Laclau para pensar o social como texto. O objetivo é explicitar os pressupostos teóricos antirrealistas que sustentam a pesquisa no campo do currículo na perspectiva discursiva, assumindo, com Lopes e Macedo, Laclau e Derrida, que, na textualidade geral, nada pode estabilizar definitivamente a significação. Defende-se que todo esforço por impor um fundamento ao social com a pretensão de suturar a significação está, invariavelmente, fadado ao fracasso. A investigação da e na textualidade é sustentada como potente por abrir às remessas que perturbam o querer de toda objetividade, ao permitir demonstrar a contingência como o que instaura o momento de uma inscrição, de uma interpretação composta pela articulação de diferenças como a reinvindicação de uma presença ausente. Sustenta-se, nessa via, que toda formação discursiva, todo discurso de reparação social, se constitui implicado por uma radical indecidibilidade, jamais eliminada no jogo da significação.

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Biografia do Autor

Érika Virgílio Rodrigues da Cunha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso. É professora assistente na Universidade Federal de Mato Grosso e Doutora em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua no Grupo de Pesquisa Políticas de Currículo e Cultura (www.curriculo-uerj.pro.br). Pesquisa políticas de currículo auto-denominadas democráticas. Trabalha com as disciplinas Didática e Currículo.

Hugo Heleno Camilo Costa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente, cursa o doutorado em Educação no ProPEd/UERJ. Compõe o Grupo de Pesquisa Políticas de currículo e Cultura e o Núcleo Interdisciplinar de estudos da Baixada Fluminense . É professor substituto da Faculdade de Educação da UERJ e tem experiência docente nas áreas de Pedagogia e Licenciaturas, especificamente nas disciplinas: Currículo, Didática, Avaliação, Estágio Supervisionado e Ensino de Geografia. Atua principalmente nos seguintes temas:Políticas de Currículo, Ensino de Geografia, Teoria do Discurso, Integração Curricular, Interdisciplinaridade, Educação básica.

Talita Vidal Pereira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora adjunta na Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF), atuando no Departamento de Formação de Professores e como Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas. Integra os Grupos de Pesquisa Currículo, Formação e Educação em Direitos Humanos e Políticas de Currículo e Cultura. Doutora em Educação pela UERJ; Mestre em Educação pela UFRJ e Licenciada em Química pela UFRJ. Atuação na Educação Básica de 1985 a 2012. Participa da Rede Latino-americana de Teoria do Discurso, e do Grupo de Trabalho de Currículo (GT 12) da Anped. É sócia da Associação Brasileira de Currículo (ABdC). Produção acadêmica orientada principalmente para os seguintes temas: Currículo; Cultura; Conhecimento, Formação Docente e Práticas Pedagógicas. Orientadora de mestrado.

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Publicado

2016-09-06

Como Citar

Cunha, Érika V. R. da, Costa, H. H. C., & Pereira, T. V. (2016). Textualidade, currículo e investigação. Educação, 39(2), 185–193. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.2.19711

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