A formação humana no contexto da consumação metafísica do sujeito: ética da potência de Agamben

Autores

  • Alexandre Simão de Freitas Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

DOI:

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.3.17405

Palavras-chave:

Metafísica da subjetividade. Ética da potência. Teologia política.

Resumo

A presente reflexão toma o chamado giro pós-teológico-político na filosofia contemporânea como ponto de partida para a tematização de alguns dilemas que atravessam os processos e as práticas que articulam a educação na atualidade. Para isso, evoca a figura do pobre como imagem (pesrsonagem, ou símbolo? pra não ficar tão repetitivo) excêntrica de nossa modernidade pedagógica. Essa figura é um intercessor privilegiado na ontologia da potência desdobrada pelo pensador italiano Giorgio Agamben. Tematiza-se, assim, em que medida sua ética da potência permite retomar os princípios que animam o debate sobre a formação humana.

 

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Biografia do Autor

Alexandre Simão de Freitas, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Realizou seu percurso formativo no âmbito da Universidade Federal de Pernambuco, onde graduou-se em Pedagogia (1997), fez o mestrado em Educação (2000) e o doutorado em Sociologia (2005). Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Administração e Planejamento Educacional e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE.

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Publicado

2016-03-03

Como Citar

Freitas, A. S. de. (2016). A formação humana no contexto da consumação metafísica do sujeito: ética da potência de Agamben. Educação, 38(3), 415–423. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.3.17405