Quando o desenvolvimento sustentável esconde o óbvio: violação de direitos e os limites da justiça ambiental no caso da proibição de circulação de carroças em Porto Alegre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2020.2.32101

Palavras-chave:

Justiça Ambiental. Desenvolvimento sustentável. Teoria do reconhecimento.

Resumo

O presente artigo busca problematizar, em um cenário marcado pelas narrativas de desenvolvimento sustentável, a insuficiência do conceito de injustiça ambiental como uma questão distributiva a partir da análise do caso da proibição de circulação de carroças na cidade de Porto Alegre. Propõe-se a análise teórica das situações de injustiça ambiental a partir da teoria do reconhecimento que, ao buscar compreender as causas de desrespeito social, pode contribuir para o desvelamento do cinismo existente em propostas de modernização ecológica que utilizam a proteção da natureza para manter ou produzir modos de exclusão social.

 

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Biografia do Autor

Roberta Camineiro Baggio, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Porto Alegre, RS.

Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Florianópolis, SC, Brasil. Professora associada da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2020-07-16

Como Citar

Baggio, R. C. (2020). Quando o desenvolvimento sustentável esconde o óbvio: violação de direitos e os limites da justiça ambiental no caso da proibição de circulação de carroças em Porto Alegre. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 20(2), 187–197. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2020.2.32101