O juiz e o compartilhamento do mundo da vida
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2017.3.27313Palabras clave:
Fenomenologia. Juiz. Quilombo. Inovação.Resumen
Neste artigo, o conceito de compartilhamento do mundo da vida de Alfred Schütz é utilizado para analisar a ação do juiz frente às inovações e novidades que os atores sociais em conflito trazem aos tribunais. Este é um problema que se apresenta para os juízes que se dedicam às causas ambientais, visto que as tradições do passado não podem ser reproduzidas por serem nocivas ao meio ambiente. O magistrado dirige suas palavras na sentença em direção aos nossos sucessores, às gerações futuras anônimas e indeterminadas. Estes aspectos foram trabalhados com apoio de entrevistas em profundidade e análises de textos jurídicos para estudar o caso do Quilombo da Família Silva, o primeiro quilombo urbano do Brasil. Constatamos que entre as capacidades de um juiz ambiental está a faculdade de autorizar o surgimento da inovação de que as novas gerações são portadoras. Desta forma ele consegue interromper uma tradição e iniciar uma nova cadeia de causa e efeito na sociedade.Descargas
Citas
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 2011.
D’ALLONNES, Myrian. Le pouvoir des commencements: essai sur l’autorité. Paris: Seuil, 2006.
FREITAS, Décio. Palmares, a guerra dos escravos. Porto Alegre: Movimento, 1973.
LEAL JÚNIOR, Cândido. Inventário da jurisdição ambiental em Porto Alegre: primeiros dias da vara federal ambiental, agrária e residual. Revista CEJ, v. 10, n. 33, p. 22-29, 2006.
LEAL JÚNIOR, Cândido. O projeto socioambiental da Justiça Federal da 4ª região. Revista CEJ, v. 16, n. 58, p. 88-99, 2012.
LEITE, Ilka Boaventura. O projeto político quilombola: desafios, conquistas e impasses atuais. Estudos Feministas, v. 16, n. 3, p. 965-997, 2008 <10.1590/S0104-026X2008000300015>.
LIMA, Marcelo. A justiça e a cidade: o juiz nas lutas pela ocupação do espaço urbano de Porto Alegre. 2017. Porto Alegre, 2017. Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
SANTOS, Hermílio. Ação, relevância e interpretação subjetiva. studos de Sociologia, v. 1, n. 18, 2012.
SANTOS, Simone Ritta dos. Comunidades quilombolas: as lutas por reconhecimento de direitos na esfera pública brasileira. Porto Alegre, 2012. Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
SCHÜTZ, Alfred. La construcción significativa del mundo social: introducción a la sociología comprensiva. Barcelona: Paidós, 1993.
SCHÜTZ, Alfred; WAGNER, Helmut (orgs.). Fenomenologia e relações sociais. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
SCHÜTZ, Alfred. The problem of transcendental intersubjectivity in Husserl. In: Collected papers III: Studies in phenomenological philosophy. The Hague: Martinus Nijhoff, 1975. p. 51-91.
TELLIER, Frédéric. Alfred Schutz et le projet d’une sociologie phénoménologique. Paris: PUF, 2003.
TESSLER, Marga Inge Barth. O juiz e a tutela ambiental: a fundamentação das sentenças. Revista CEJ, v. 12, n. 41, p. 4-10, 2008.
TESSLER, Marga Inge Barth. O juiz e a tutela jurisdicional do meio ambiente. Novos Estudos Jurídicos, v. 8, n. 2, p. 355-369, 2003 <10.14210/nej.v8n2.p355-370>.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Civitas: Revista de Ciências Sociais
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
El envío de originales para esta revista implica la transferencia, por parte de los autores, de los derechos de publicación impresa y digital. Los derechos de autoría para los artículos publicados son del autor, con derechos de la revista sobre la primera publicación. Los autores solamente podrán utilizar los mismos resultados en otras publicados indicando claramente esta revista como el medio de la publicación original. En virtud de ser una revista de acceso abierto, se permite el uso gratuito de los artículos en aplicaciones educacionales y científicas, desde que se cite la fuente (por favor, vea a Licencia Creative Commons a pie de esta página).