“With who are your children?”

Speeches and practices in court records and the conditions of intersection between racism, sexism and colonialism in a prosecution

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-7289.2022.1.40572

Keywords:

Intersectionality, Criminalized women, International drug trafficking, Criminal justice system

Abstract

In this article, I discuss, based on Fanon’s thinking and the analytical lens of intersectionality, the relationship between racism, sexism and the Brazilian criminal justice system. I take as a case study the prosecution of a Namibian woman, single mother and HIV carrier who was criminalized by international drug trafficking in Brazil, highlighting how race, class, gender and coloniality were presented in her trial. I propose, therefore, that the non-implication of judges to the criticisms that have been produced about the penal system, from Afrodiasporic epistemologies, is directly related to the way in which systemic advantages are crystallized in these spaces. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Luciana Costa Fernandes, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; doutoranda em direito pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); e professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ambas as instituições no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

References

Akotirene, Carla. 2019. Interseccionalidade. São Paulo: Polén.

Barragán, Margarita Aguinaga, Miriam Lang, Dunia M. Chavez, Alejandra Santillana. 2016. Pensar a partir do feminismo: críticas e alternativas ao desenvolvimento. In Descolonizar o imaginário: debates sobre o pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento, organizado por Gerhard Dilger, Miriam Lang e Jorge Pereira Filho, 89-120. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo.

Bento, Maria Aparecida S. 2002. Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público. Tese em Psicologia, Universidade de São Paulo.

Borges, Juliana. 2019. Encarceramento em massa. São Paulo: Pólen.

Cardoso, Claudia P. 2017. Por uma epistemologia feminista negra do sul: experiências de mulheres negras e o feminismo negro no Brasil. Anais de Congresso - 13º Mundos de Mulheres e Fazendo Gênero 17 (11): 1-11.

Carneiro, Aparecida S. 2005. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese em Educação, Universidade de São Paulo.

Collins, Patricia H. 2019. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo Editorial.

Collins, Patricia H. 2017. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo 5 (1): 6-17.

Collins, Patricia H. e Sirma Bilge. 2016. Intersectionality. Cambridge: Polity

Crenshaw, Kimberlé. 2002. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas 10 (1): 171-188. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011.

Crenshaw, Kimberlé. 1989. Demarginalizing the intersection of race and sex: a black feminist. Critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. University of Chicago Legal Forum 8 (1):139-167.

Curiel, Ochy. 2014. Construyendo metodologías feministas desde el feminismo decolonial. In Otras formas de (re)conocer. Reflexiones, herramientas y aplicaciones desde lainvestigación feminista, organizado por Irantzu Mendia Azkue, Marta Luxán, Matxalen Legarreta, Gloria Guzmán, Iker Zirion, Jokin Azpiazu Carballo, 45-70. Bilbao: Universidad del País Vasco-Hegoa-Simrf.

Davis, Angela. 2016. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo Editorial.

Fanon, Frantz. 1968. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Fanon, Frantz. 2008. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUfba.

Flauzina, Ana e Thula Pires. 2020. Supremo Tribunal Federal e a naturalização da barbárie. Rev. Direito Práxis, 11 (2): 1211-1237. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2020/50270.

hooks, bell. 2015. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. In Revista Brasileira de Ciência Política, 16 (1): 193-210.

hooks, bell. 2019. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Editora Elefante.

Kilomba, Grada. 2019. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Editora Cobogó.

Lugones, María. 2020. Colonialidade e gênero. In Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais, organizado por Heloísa Buarque de Hollanda, 52-83. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

Moore, Charles. 1978. “Negro sou, negro ficarei”. Prefácio. In Discurso sobre o colonialismo, organizado por Aimé Césaire, 7-38. Lisboa: Ed. Livraria Sá da Costa.

Published

2022-11-03

How to Cite

Fernandes, L. C. (2022). “With who are your children?”: Speeches and practices in court records and the conditions of intersection between racism, sexism and colonialism in a prosecution. Civitas: Journal of Social Sciences, 22, e40572. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2022.1.40572