A Truth Commission in Brazil: slavery, multiculturalism, history and memory
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7289.2018.3.26160Keywords:
Truth Commission, Slavery, Multiculturalism, Narrative.Abstract
Focusing on the Commission on the Truth of Black Slavery in Brazil (Cvenb), supported by the Brazilian Bar Association (OAB), I will discuss its creation and the antiracist instruments that guide its performance. I will also present the reflection on the slavery in the context of the Truth Commission (TC) and how its proximity with other historical catastrophe is carried out. I analyse how the Commission interprets multiculturalism and how this understanding confronts the official narrative concerning the concept of the nation, which has been questioned by segments of the Black Movement. The examined material derives from direct observation of the Commission’s activities, press material, videos and documents produced by the Commission itselves.
Downloads
References
APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu pai. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
ARAÚJO, Ana P. Nascimento; SANTOS, Myrian S. História, memória, esquecimento: implicações políticas. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 79, p. 5-111, 2007.
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2005.
BRASIL. Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2014.
BRASIL. Lei nº 10.639, estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” na rede de ensino, publicada no Diário Oficial da União, 10 jan. 2003, seção 1, p. 1.
BRASIL. Lei nº 12.288, institui o estatuto da igualdade racial, publicada no Diário Oficial da União, 20 jul. 2010, p. 1.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
CASTILLEJO, Alejandro. La imaginácion social del porvenir: reflexiones sobre Colombia y el prospecto de una Comisión de la Verdad. Clacso, 2015. <http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/becas/20150131091650/CastillejoFinal.pdf>
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
CFOAB. Metodologia da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra. Distrito Federal: Cfoab, 2015.
DAS, Veena; POOLE, Deborah. El estado y sus márgenes: etnografias comparadas. Cuadernos de Antropología Social, n. 27, p. 19-52, 2008.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. 5. ed. São Paulo: Globo, 2008.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
HAYNER, Priscila B. Truth commissions: an schematic overview. International Review of the Red Cross, v. 88, n. 862, p. 295-310, 2006. <10.1017/S1816383106000531>.
HOOKER, Juliet. Negociando “negritude” em um estado multicultural: política creole e identidade na Nicarágua. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 8, n. 1, p. 72-88, 2014.
HUYSSEN, Andreas. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas de memória. Rio de Janeiro: Contraponto/Museu de Arte do Rio, 2014.
IGREJA, Rebecca; AGUDELO, Carlos. Afrodescendentes na América Latina e Caribe: novos caminhos, novas perspectivas em um contexto global multicultura. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 8, n. 1, p. 13-28, 2014.
KYMLICKA, Will. Multiculturalismo: o sucesso, o fracasso e o futuro. Revista Interfaces Brasil/Canadá, v. 14, n. 18, p. 123-174, 2014.
LAO-MONTES, Agustín. Empoderamiento, descolonización y democracia sustantiva. Afinando principios ético-políticos para las diásporas Afroamericanas. Revista CS, n. 12, p. 53-84, 2013.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.
MACAGNO, Lorenzo. O dilema multicultural. Curitiba: Editora da UFPR, 2014.
MACAGNO, Lorenzo. Cidadania e cidade (aventuras e desventuras do multiculturalismo). Espaços & Debates, v. 23, n. 43-44, p. 51-59, 2003.
MENESES, Maria Paula. O passado não morre: a permanência dos espíritos na história de Moçambique. In: Boaventura de Sousa Santos et al. Repressão e memória política no contexto ibero-brasileiro: estudos sobre Brasil, Guatemala, Moçambique, Peru e Portugal. Brasília: Ministério da Justiça; Portugal: Universidade de Coimbra, 2010. p. 150-182.
MOSQUERA, Claudia et al. Introducción: Contribuciones a los debates sobre las memorias de la esclavitud y las afro-reparaciones en Colombia desde el campo de los estudios afro-colombianos, afro-latinoamericanos, afrobrasileros, afroestadounidenses y afro-caribeños. In: Claudia Mosquera; Luiz C. Barcellos (eds.) Afro-reparaciones: memorias de la esclavitud y justicia reparativa para negros, afrocolombianos y raizales. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia, 2007. p.11-69.
NASCIMENTO, Abdias do. O negro revoltado. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1978.
OAB/RJ. Relatório da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra. Rio de Janeiro: OAB/RJ, 2015.
ONU. Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Racial. Adotada pela Resolução nº 2.106-A da Assembleia das Nações Unidas, 21 dez. 1965.
ONU. Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial,
Xenofobia e Intolerância Correlata, 3. Declaração de Durban e Plano de Ação. Mistério da Cultura – Fundação Cultural Palmares. Brasília, 2001.
REÁTEGUI, Félix. As vítimas recordam. Notas sobre a prática social da memória. In: Félix Reátegui (org.). Justiça de transição: manual para a América Latina. Brasília: Comissão de Anistia, Ministério da Justiça; Nova Iorque: Centro Internacional para a Justiça de Transição, 2012. p. 357-378.
ROCHA, Ana Luiza Carvalho da; ECKERT, Cornélia. O tempo e a cidade. Porto Alegre: Editora da Ufrgs, 2005.
ROSS, Fiona. La elaboración de una memoria nacional: la Comisión de Verdad y Reconciliación de Sudáfrica. Cuadernos de Antropología Social, n. 24, p. 51-68, 2006.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.
SANSONE, Livio. Apresentação: que multiculturalismo se quer para o Brasil? Ciência e Cultura, v. 59, n. 2, p. 24-28, 2007.
SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
STOLCKE, Verena. Pluralizar o universal: guerra e paz na obra de Hannah Arendt. Mana, v. 8, n. 1, p. 93-112, 2002
<10.1590/S0104-93132002000100004>.
WADE, Peter. Multiculturalismo y racismo. Revista Colombiana de Antropología, v. 47, n. 2, p. 15-35, 2011.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2018 Civitas – Journal of Social Sciences
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The submission of originals to this journal implies the transfer by the authors of the right for printed and digital publication. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication. If the authors wish to include the same data into another publication, they must cite this journal as the site of original publication. As the journal is of open access, the articles are allowed for free use in scientific and educational applications, with citation of the source (please see the Creative Commons License at the bottom of this page).