Funções executivas no aprendizado de inglês como segunda língua
Um mapeamento sistemático da literatura
DOI:
https://doi.org/10.15448/2178-3640.2022.1.42927Palavras-chave:
funções executivas, ensino de inglês como segunda língua, formação de professoresResumo
Recentemente os estudos de neurociências têm auxiliado a área da Educação a compreender como o cérebro processa a informação e como os professores podem se beneficiar deste conhecimento, especialmente, no que se refere às Funções Executivas (FEs). As FEs podem ser descritas como um conjunto de habilidades que permite executar as ações necessárias para alcançar um objetivo. Há três FEs principais: memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. Na área de ensino e aprendizagem de segunda língua, essas habilidades estão sendo integradas às práticas pedagógicas de sala de aula pelos professores? Se estão, de que forma? Isto beneficia o aprendizado dos alunos de alguma forma? Ainda, as FEs estão incluídas nos currículos de formação de professores, cursos de licenciatura? Os futuros professores estão sendo preparados para integrar as FEs no desenvolvimento das competências e habilidades dos seus alunos? Esta investigação tem o objetivo de procurar pistas dessas questões na literatura recente e de encontrar estudos sobre abordagens de ensino de inglês como segunda língua que estimulem as FEs no processo de aprendizagem e como esses métodos são desenvolvidos no contexto dos cursos de licenciatura utilizando o mapeamento de revisão sistemática como método. Considera artigos de 2011 a outubro de 2021, procurando por linhas relacionadas ao ensino de inglês como segunda língua, tais como formação de professores e FEs. A pesquisa mostrou resultados nas bases Scopus, Web of Science, Pub-Med, Science Direct/Elsevier e bases de periódicos específicos de ensino de inglês como segunda língua, tais como Cambridge Core, Journal of English as International Language, TESOL International Journal, Linguistics Journal e Asian EFL Journal. A primeira busca resultou em 5803 estudos dos quais três foram lidos por inteiro depois de aplicar os critérios de inclusão/exclusão. Visto que o número desta busca foi baixo, o método denominado snowballing foi utilizado, resultando em mais 117 artigo, dos quais mais três foram completamente analisados. Os seis estudos indicam que abordagens qualitativas e quantitativas são usadas para coleta de dados. No entanto, é possível perceber que estudos que relacionam aspectos de FEs às abordagens de ensino de inglês como segunda língua ainda estão no início. Os próprios autores dos artigos mencionam a necessidade de mais estudos. Em geral, os professores não estão preparados para incluir pensamento crítico às suas práticas de sala de aula. Os estudos que desenvolveram práticas e reuniram dados mostram que a metacognição e o pensamento crítico dos alunos melhorou. Professores precisam desenvolver sua própria metacognição e pensamento crítico de forma que eles possam entender melhor como melhorar essas habilidades em seus alunos.
Downloads
Referências
Armstrong, P. (2010). Bloom’s Taxonomy. Vanderbilt University Center for Teaching. Retrieved October 29, 2021, from https://cft.vanderbilt.edu/guides-sub-pages/blooms-taxonomy
Bag, H. K., & Gürsoy, E. (2021). The Effect of Critical Thinking Embedded English Course Design to the Improvement of Critical Thinking Skills of Secondary School Learners. Thinking Skills and Creativity, 41(100910), 1-13. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2021.100910
Brasil. Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. MEC/CONSED/UNDIME. Retrieved October 20, 2021, from http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf
Cosenza, R. M., & Guerra, L. B. (2011). Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Artmed.
Diamond, A. (2014). Understanding executive functions: what helps or hinders them and how executive functions and language development mutually support one another. Perspectives on Language and Literacy, 40(2), 7-11. http://digitaleditions.sheridan.com/publication/index.php?m=13959&i=210099&view=contentsBrowser&ver=html5
Ellis, R. (2000). Second Language Acquisition. OUP.
Hiver, P., Whiteside, Z., Sánchez Solarte, A. C., & Kim, C. J. (2021). Language teacher metacognition: beyond the mirror. Innovation in Language Learning and Teaching, 15(1), 52-65. https://doi.org/10.1080/17501229.2019.1675666
Li, L. (2016). Integrating thinking skills in foreign language learning: what can we learn from teachers’ perspectives? Thinking Skills and Creativity, 22, 273-88. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2016.09.008
Liang, W. & Fung, D. (2021). Fostering critical thinking in English-as-a-second-language classrooms: Challenges and opportunities. Thinking Skills and Creativity, 39(100769), 1-12. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2020.100769
Mitchell, R., & Myles, F. (2004). Second Language Learning Theories. Hodder Arnold.
Moran, J. M. (2002). O que é um bom curso a distância? Boletim do Programa Salto para o Futuro da TV Escola sobre educação a distância. TVE Brasil. Retrieved October 29, 2021, from http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/ead/eadtxt1c.htm
Moran, J. M. (2015). Educação híbrida: um conceito-chave para a educação, hoje. In L. Bacich (Org.), Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação (pp. 27-45). Penso.
Petek, E., & Bedir, H. (2018). An adaptable teacher education framework for critical thinking in language teaching. Thinking Skills and Creativity, 28, 56-72. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2018.02.008
Petersen, K., Feldt, R., Mujtaba, S., & Mattsson, M. (2008). Systematic Mapping Studies in Software Engineering [Paper presentation]. The 12th International Conference on Evaluation and Assessment in Software Engineering. EASE ’12, ACM: New York, NY, USA.
Petersen, K., Vakkalanka, S., & Kuzniarz, L. (2015). Guidelines for conducting systematic mapping studies in software engineering: An update. Information and Software Technology, 64, 1-18. https://doi.org/10.1016/j.infsof.2015.03.007
Popandopulo, A., Fominykh, N., & Kudysheva, A. (2021). Do educators need metacognitive skills in today’s educational environment? Thinking Skills and Creativity, 41(100878), 1-12. https://doi.org/10.1016/j.tsc.2021.100878
Valente, J. A. (2015). O ensino híbrido veio para ficar. In L. Bacich (Org.), Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação (pp. 13-17). Penso.
Wohlin, C. (2014). Guidelines for snowballing in systematic literature studies and a replication in software engineering [Paper presentation]. The 18th International conference on evaluation and assessment in software engineering, 1–10. EASE ’14, ACM: New York, NY, USA.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 BELT - Brazilian English Language Teaching Journal
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a BELT - Brazilian English Language Teaching Journal implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a BELT - Brazilian English Language Teaching Journal como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.