Florbela Espanca. Ser Poeta é ser Flor
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4276.2015.1.17187Palavras-chave:
Florbela Espanca, Feminilidade, Motivo floral, ErosResumo
Na poesia de Florbela, o motivo floral aparece, precocemente, como um signo preferencial da discursivização da subjectividade feminina, de que constitui a metáfora unificadora. Neste texto tentar-se-á observar o específico trajeto de configuração textual dos referentes florais, submetidos a um processo expressivo de intensionalização semântica e simbólica, o qual constitui, segundo Albadalejo Mayordomo, um dos traços típicos da construção literária. Procurar-se-á aqui revisitar a escala de tons, temperaturas, regimes e movimentos aplicados ao motivo floral na poética florbeliana. É um espectro amplo de matizes emocionais, cromáticos e figurativos: entre o reconhecimento siderado da miraculosa presença da “Flor do sonho”, no Livro de mágoas, às rosas de Ispahan e o seu sabor a cinza, em Reliquiae.
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Florbela Espanca. To be a Poet is to be a Flower
Abstract: In Florbela Espanca’s poetry, the floral motif appears early, as a preferred sign of discursivization of female subjectivity, whose is the unifying metaphor. In this paper we will try to observe the specific path of textual configuration of floral references, undergoing a significant process of semantic and symbolic intensification, which constitutes, for Albadalejo Mayordomo, one of the typical traits of literary construction. We will revisit here the scale of tones, temperatures, regimes and movements applied to the floral motif in Florbela’s poetics. It is a broad spectrum of emotional, figurative and chromatic hues, between the recognition of the miraculous presence of “Flor do sonho”, in Livro de mágoas, and the ash taste of the roses of Ispahan, in Reliquiae.
Keywords: Florbela Espanca; Femininity; Flower; Eros
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Referências
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