Viagem e jornada interior: incursões ao tema, de Maria de Zayas (s. XVII) a Elizabeth Gilbert (s. XXI)

Autores

  • Rosangela Schardong Universidade Estadual de Ponta Grossa

Palavras-chave:

viagem, jornada interior, autoconhecimento, prudência, sabedoria

Resumo

A viagem como método para se obter conhecimento de mundo e autoconhecimento está presente na literatura e na cultura ocidentais desde os épicos versos de Homero. O exemplo de Ulisses, modelo de homem prudente, foi de tempos em tempos atualizado pelas artes e por diferentes correntes do pensamento. Este artigo propõe uma reflexão sobre o tema a partir da aproximação a princípios filosóficos, políticos e religiosos da Espanha dos séculos XVI e XVII, como também a obras literárias de autoria feminina que apresentam por intermédio de suas protagonistas, ou de forma autobiográfica, experiências relativas à viagem como meio para efetuar a jornada interior de autodescoberta. Observaremos como os preceitos da filosofia neoestóica, que guiaram as normas de conduta da nobreza espanhola no período mencionado, foram mimetizados pelas belas letras. Iniciando por um dos contos de Maria de Zayas (1637), indicaremos em obras de diferentes épocas a reiterada atualização do diálogo entre a literatura feita por mulheres e as clássicas proposições filosóficas que ensinam a alcançar o conhecimento de si e a sabedoria. 

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Biografia do Autor

Rosangela Schardong, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Professora Adjunta do Departamento de Línguas Modernas da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Coordenadora do projeto de pesquisa Poética dos gêneros na Literatura Espanhola.

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Publicado

2014-05-31

Como Citar

Schardong, R. (2014). Viagem e jornada interior: incursões ao tema, de Maria de Zayas (s. XVII) a Elizabeth Gilbert (s. XXI). Letrônica, 6(2), 863–876. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/letronica/article/view/14857