A função materna nos contos de fadas
uma leitura do Complexo de Édipo nas obras dos Irmãos Grimm e de Charles Perrault
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44311Palabras clave:
Contos de fadas, Figuras maternas, Complexo de Édipo.Resumen
Este artigo tem a pretensão de atentar sobre alguns aspectos latentes em contos de fadas, nas versões produzidas pelos Irmãos Grimm e por Charles Perrault, e vistos sob a perspectiva da Psicanálise, na leitura de Bruno Bettelheim (1980). Fareos uma análise de alguns dos contos dos autores acima, sob o olhar de Bettelheim, o qual, seguindo os passos das teorias freudiana e lacaniana, investe no Complexo de Édipo, para relacionar as três fases desse complexo, manifestadas nas personagens de “Branca de Neve”, “Cinderela”, “Príncipe Sapo”, “A Moça dos Gansos”, “João e Maria”, “As Fadas”, “Rapunzel”, “Pequeno Polegar” e “Chapeuzinho Vermelho”. Trata-se de uma análise bibliográfica, cujo objetivo é o de permitir uma reflexão sobre a possível identificação das crianças com as personagens desses contos, de modo a lhes facilitar sua imersão no mundo, a partir das informações inscritas, segundo Lacan, no Imaginário, no Simbólico e no Real, estruturas que, além de não desprezarem os conceitos freudianos, conseguem ampliá-los.
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